Premiê iraquiano recebe mediador da crise síria em Bagdá

Esta é a primeira vez que Brahimi visita o país árabe desde que assumiu o que o mesmo qualificou como "missão quase impossível", encomendade pela ONU e pela Liga Árabe para chegar a uma solução para o conflito na Síria, onde grupos armados tratam de derrubar o governo constitucional do presidente Bachar al Assad.

É provável que a escala iraquiana de Brahimi esteja vinculada à uma proposta de trégua entre as partes em conflito na Síria em ocasião do Eid el Adha, também conhecido como a "festa do cordeiro" na liturgia islâmica.

Essa festa comemora a decisão do profeta Abraão (Ibraim para os árabes) de sacrificar seu primogênito Ismael, a mando de seu deus.

Bagdá é quarta escala do périplo iniciado na última quinta-feira pelo experiente diplomata argelino no reino da Arábia Saudita e que o levou no sábado à Turquia e, na véspera, à República Islâmica do Irã.

É a primeira ocasião que o mediador visita o Iraque, que não faz parte do comitê de quatro partes formado em setembro passado por iniciativa do presidente do Egito, Mohamed Morsi, e integrado também pelo Irã, Arábia Saudita e Turquia.

Uma iniciativa do Irã para incorporar o Iraque a tal grupo de mediação precisa de uma resposta e a visita de Brahimi pode indicar, pelo menos, uma sondagem sobre a disposição das autoridades de Bagdá.

Do último sábado à noite até esta segunda-feira, Brahimi encontrou-se com o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, seu chanceler Alí Akbar Salehi e o secretário do Conselho Nacional de Segurança, Said Khalili.

Durante uma coletiva de imprensa, Brahimi reconheceu as premissas de um plano iraniano para a solução da crise síria e disse que vai transmiti-lo aos demais envolvidos na mediação: Arábia Saudita, Turquia e Egito, além do próprio governo sírio.

Fonte: Prensa Latina