Nádia Campeão contesta vice de Serra em debate
Candidata a vice-prefeita na chapa de Fernando Haddad (PT), Nádia disse que as Organizações Sociais não irão acabar mas serão devidamente fiscalizadas segundo recomendação do Tribunal de Contas do Município.
Publicado 25/10/2012 18:08 | Editado 04/03/2020 17:17

“O Sistema Único de Saúde é um grande patrimônio que será aperfeiçoado e fortalecido. O sistema também prevê parcerias, como as Oss, que terão os contratos fiscalizados como pede o TCM”, reafirmou Nádia.
Ela ainda lembrou que a campanha de Haddad faz coro com a justiça do Estado que paralisou decreto do governo do Estado que reserva 25% dos leitos de hospitais públicos para o setor privado. “A justiça suspendeu porque é uma medida que vai impactar negativamente a população. Vai criar uma crise de leitos na cidade”, criticou.
O déficit de vagas em creche na Capital foi o tema abordado pela jornalista Adriana Ferraz que lembrou que projeto de lei criando o Bolsa-creche foi vetado por Kassab e retomado nas propostas de Serra. A falta de creches é o principal problema apontado por cerca de 85% das mulheres em São Paulo. São cerca de 145 mil crianças sem o atendimento.
“Nós vamos construir 172 creches em parceria com o governo federal. Também faremos parcerias com o governo estadual e novos convênios. Com a combinação dessas ações não haverá a necessidade da bolsa-creche”, explicou Nádia.
Confronto de gestões
Nádia fez um balanço da gestão dela na secretaria de esportes durante o governo Marta Suplicy. Citou programas importantes realizados pela pasta como a recuperação de todas as piscinas públicas, criação dos jogos da cidade, ampliação das ruas de lazer e incentivo às corridas de rua.
“Ao longo da minha gestão não tive nenhum tipo de processo”, ressaltou Nádia. Ela questionou o vice de Serra sobre processo a que ele responde por favorecer a Fundação Civita, contratada pela prefeitura sem licitação, para treinar professores enquanto foi secretário de Educação de Kassab. Schneider também é envolvido no escândalo de compra de uniformes superfaturados.
Baixo índice de Moradias
Nádia criticou o ritmo de produção de moradias populares em São Paulo. “É a média mais baixa das últimas gestões”, disse. De acordo com ela, as ações nessa área incluem retomar em ritmo acelerado a produção trazendo para São Paulo o programa Minha Casa, Minha Vida. “Vamos construir 55 mil moradias com recursos próprio e realizar parcerias com o governo estadual”, completou.
Para Nádia, a moradia precisa estar perto dos empregos. Ela citou galpões desocupados na cidade que podem se transformar em moradia popular e afirmou que serão urbanizadas favelas para atender 70 mil famílias. “Será criado um grande programa de moradia para atender a população de baixa e também de outras classes sociais”, completou.
Questionada sobre uma eventual renúncia de Haddad, Nádia assegurou que o candidato ficará os quatro anos porque tem um compromisso com o eleitorado da cidade que no primeiro turno votou pela mudança. “Vamos mobilizar a cidade pra fazer a grande mudança que a população está reclamando”, enfatizou.
Ela destacou educação, transporte, moradia e saúde como prioridades do plano de governo. “Apresentamos um programa consistente com um novo conceito de desenvolvimento urbano que apresenta uma visão de médio e longo prazo para São Paulo. Tem recursos para investir na cidade e vamos buscar todo o apoio e parcerias”, defendeu.
De São Paulo, Railídia Carvalho