Nádia Campeão contesta vice de Serra em debate

Candidata a vice-prefeita na chapa de Fernando Haddad (PT), Nádia disse que as Organizações Sociais não irão acabar mas serão devidamente fiscalizadas segundo recomendação do Tribunal de Contas do Município.

Nádia Campeão no portal Terra - Bruno Santos/Terra

“O Sistema Único de Saúde é um grande patrimônio que será aperfeiçoado e fortalecido. O sistema também prevê parcerias, como as Oss, que terão os contratos fiscalizados como pede o TCM”, reafirmou Nádia.

Ela ainda lembrou que a campanha de Haddad faz coro com a justiça do Estado que paralisou decreto do governo do Estado que reserva 25% dos leitos de hospitais públicos para o setor privado. “A justiça suspendeu porque é uma medida que vai impactar negativamente a população. Vai criar uma crise de leitos na cidade”, criticou.

O déficit de vagas em creche na Capital foi o tema abordado pela jornalista Adriana Ferraz que lembrou que projeto de lei criando o Bolsa-creche foi vetado por Kassab e retomado nas propostas de Serra. A falta de creches é o principal problema apontado por cerca de 85% das mulheres em São Paulo. São cerca de 145 mil crianças sem o atendimento.

“Nós vamos construir 172 creches em parceria com o governo federal. Também faremos parcerias com o governo estadual e novos convênios. Com a combinação dessas ações não haverá a necessidade da bolsa-creche”, explicou Nádia.

Confronto de gestões

Nádia fez um balanço da gestão dela na secretaria de esportes durante o governo Marta Suplicy. Citou programas importantes realizados pela pasta como a recuperação de todas as piscinas públicas, criação dos jogos da cidade, ampliação das ruas de lazer e incentivo às corridas de rua.

“Ao longo da minha gestão não tive nenhum tipo de processo”, ressaltou Nádia. Ela questionou o vice de Serra sobre processo a que ele responde por favorecer a Fundação Civita, contratada pela prefeitura sem licitação, para treinar professores enquanto foi secretário de Educação de Kassab. Schneider também é envolvido no escândalo de compra de uniformes superfaturados.

Baixo índice de Moradias

Nádia criticou o ritmo de produção de moradias populares em São Paulo. “É a média mais baixa das últimas gestões”, disse. De acordo com ela, as ações nessa área incluem retomar em ritmo acelerado a produção trazendo para São Paulo o programa Minha Casa, Minha Vida. “Vamos construir 55 mil moradias com recursos próprio e realizar parcerias com o governo estadual”, completou.

Para Nádia, a moradia precisa estar perto dos empregos. Ela citou galpões desocupados na cidade que podem se transformar em moradia popular e afirmou que serão urbanizadas favelas para atender 70 mil famílias. “Será criado um grande programa de moradia para atender a população de baixa e também de outras classes sociais”, completou.

Questionada sobre uma eventual renúncia de Haddad, Nádia assegurou que o candidato ficará os quatro anos porque tem um compromisso com o eleitorado da cidade que no primeiro turno votou pela mudança. “Vamos mobilizar a cidade pra fazer a grande mudança que a população está reclamando”, enfatizou.

Ela destacou educação, transporte, moradia e saúde como prioridades do plano de governo. “Apresentamos um programa consistente com um novo conceito de desenvolvimento urbano que apresenta uma visão de médio e longo prazo para São Paulo. Tem recursos para investir na cidade e vamos buscar todo o apoio e parcerias”, defendeu.

De São Paulo, Railídia Carvalho