A ONU está pronta para de novo condenar bloqueio a Cuba

O bloqueio dos Estados Unidos a Cuba será objeto de outra e quase unânime condenação internacional quando a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovar na próxima terça-feira (13) uma nova resolução de repúdio a esse cerco.

Será o 21º ano consecutivo em que o órgão máximo da ONU repudia em votação aberta essa medida implantada há meio século por Washington contra a ilha caribenha.

Em cada ocasião, o plenário da Assembleia Geral aprovou um documento titulado "Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba".

No ano passado, o texto foi aprovado por 186 dos 193 países membros do organismo mundial, com os únicos votos contra dos Estados Unidos e Israel e as abstenções das Ilhas Marshall, Micronésia e Palau.

Um informe apresentado por Cuba sobre o tema indica que até dezembro de 2011 o país sofreu um dano econômico ascendente a US$ 1,066 trilhão, considerando a depreciação do dólar frente ao ouro no mercado internacional.

A crescente rejeição ao bloqueio foi destacada há dois dias pela representação permanente de Cuba na ONU ao recordar os resultados de pesquisas e as declarações de organizações internacionais e personalidades políticas e intelectuais a respeito.

Nesse sentido, fez referência a uma sondagem realizada pela empresa Angus Reid Public Opinion, que revelou que 62% dos estadunidenses são a favor do restabelecimento de relações entre seu país e Cuba.

Em um comunicado distribuído na sede da ONU, a missão diplomática cubana também apontou que 57% dos norte-americanos apoiam o levantamento das restrições de viagens à ilha e 51% se opõem ao bloqueio.

Paralelamente, destacou a rejeição a essa política de Washington por parte de diversas organizações regionais e internacionais e de chefes de Estado e de governo.

Entre elas indicou as declarações da 17ª Sessão Ordinária da União Africana, as cúpulas Ibero-americana, da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos, da Comunidade do Caribe e do Movimento dos Países Não Alinhados, entre outras.

Há um mês, meia centena de governantes de todo o mundo reclamou desde a tribuna da Assembleia Geral da ONU o levantamento do cerco norte-americano contra Cuba.

Para a discussão do tema do bloqueio, a Assembleia Geral conta este ano com um informe do secretário-general da ONU, Ban Ki-moon, que inclui a documentação apresentada por 170 países para sustentar a oposição ao bloqueio norte-americano a Cuba.

Na sessão da terça-feira (13) estará presente o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez.

As votações contra essa medida começaram na ONU em 24 de novembro de 1992, quando a 47ª sessão ordinária da Assembleia aprovou a primeira resolução nesse sentido.

Prensa Latina
Tradução da Redação do Vermelho