Deputados criticam governo de São Paulo no combate à violência 

Os deputados Delegado Protógenes (PCdoB-SP) e Vanderlei Siraque (PT-SP) manifestaram indignação com a ausência dos debatedores convidados para participar da audiência pública na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados que debateu a escalada da violência em São Paulo. Dos dez debatedores convidados, apenas um compareceu, o representante da Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais (Feneme), Elias Miller.

Delegado Protógenes também criticou o fato do governo estadual não incluir a bancada paulista no debate e busca de solução para a crise de segurança pública em São Paulo. Ele sugeriu que fosse adotado em São Paulo o mesmo processo que foi usado no Rio de Janeiro para combater o tráfico de drogas e o crime organizado. Segundo ele, um modelo já testado e que deu certo.

Protógenes disse que em reunião entre a bancada federal e o governador paulista Geraldo Alckmin, na segunda-feira (12), a crise da segurança pública não foi tratada, o que ele considerou um erro. Segundo ele, é um erro a equipe do governador não considerar importante o assunto e nem buscar o apoio e colaboração do parlamento na solução da crise de segurança pública no estado.

O parlamentar reconhece que Alckmin tem feito esforços para controlar a escalada da violência, mas sugeriu que, na próxima reunião da bancada de parlamentares paulistas com o governador, o tema segurança pública seja incluído na pauta. "É necessário um plano estratégico integrado (governos federal, estadual e municipal) de segurança pública com ações para conter a escalada de violência", afirmou Protógenes.

Na audiência, os deputados aprovaram a proposta de Integrantes da Comissão irem ao estado de São Paulo na próxima semana para acompanhar as medidas que vem sendo tomadas no estado para conter a violência. A pauta da diligência será definida também na semana que vem.

O presidente da Comissão, deputado Efraim Filho (DEM-PB), informou que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, que foi convidado para a audiência pública, devera comparecer à comissão na próxima quarta-feira (21), para tratar do assunto da violência.

Da Redação em Brasília