EUA: Ativistas protestam contra bases militares na América Latina

Milhares de ativistas se reunirão nesta sexta-feira (16) em frente às portas da base militar de Fort Benning, estado da Georgia, Estados Unidos, para demandar o fim da presença militar norte-americana na América Latina.

O evento, que ocorrerá até domingo, exigirá o fechamento do chamado Instituto de Cooperação e Segurança do Hemisfério Ocidental (ICSHO), nome que adotou desde o ano 2000, o que até esse momento foi a Escola das Américas.

As ações, que se realizam há 22 anos, fazem parte de um plano para pressionar ao recém reeleito presidente Barack Obama para que retire da América Latina as bases militares estadunidenses e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

Os protestos estão patrocinados pela organização SOA Watch, fundada em 1990 para protestar pelas atividades militares de Washington na região e demandar o fechamento desse centro de treinamento.

Durante os três dias, ativistas, estudantes e sindicalistas do Hemisfério Ocidental protestarão contra o treinamento militar que oferece este país a soldados e policiais latino-americanos.

Como em anos anteriores, se entregarão depoimentos e se recordarão os nomes das milhares de pessoas assassinadas pelos soldados da região treinados pelo Pentágono, em especial durante as décadas de 1970 e 1980.

As atividades também contemplam celebrar a decisão dos governos do Equador e Nicarágua de não enviar mais militares nem polícias ao ICSHO, medida que já tinham tomado Argentina, Bolívia e Venezuela.

Na segunda-feira passada, representantes de SOA Watch reuniram-se em Washington com o vice assessor principal de segurança nacional da Casa Branca, Denis McDonough, a quem explicaram as demandas da organização, mas o servidor público só prometeu informar a seus superiores sobre o tema.

Fonte: Prensa Latina