PCdoB-SP divulga posicionamento acerca da crise na segurança

O Comitê Estadual do PCdoB/SP, acerca da crise de segurança, considera:

1. A crise da segurança pública em nosso estado assumiu graves proporções, envolvendo chacinas, assassinatos, ataques, conflitos abertos, toques de recolher e ameaças. A população é diretamente penalizada, ficando à mercê do conflito, sem nenhuma garantia de segurança e proteção;

2. Diante da crise, a postura do governo de Geraldo Alckmin é a pior possível. Age buscando esconder completamente os dados e informações do conflito, chegando até mesmo a diminuir o papel da ação de facções criminosas no estado. Durante boa parte do tempo recusou a ajuda do Governo Federal, revelando visão irresponsável, já que o preço pago por esta atitude foi a ampliação de mortes e mais violência. Além disso, vem tendo uma atitude complacente com os óbvios casos de abuso da polícia, inclusive fechando os olhos para dados concretos que apontam para a possível existência de grupos de extermínio dentro da corporação;

3. Em meio à crise, como confissão de ineficácia, demitiu o Secretário de Segurança Pública e toda a cúpula das polícias civil e militar. No entanto, ao justificar tais atitudes, mais uma vez escamoteou os verdadeiros motivos da troca. Diante disso, a população convive com constante desconfiança em relação às medidas tomadas;

4. O governo e parte importante da mídia atuam para atenuar e esconder as verdadeiras dimensões da crise, blindando a imagem do governador e diluindo a responsabilidade política deste e de seus auxiliares na solução do problema. No entanto, a grave situação é mais uma prova contundente de que a chamada “eficiência administrativa” do PSDB não passa de mito. No caso da Segurança Pública revela-se um verdadeiro desastre.

5. É preciso reconhecer a gravidade da situação e o difícil caminho de sua superação. Mas, para interromper a escalada atual, se faz urgente: 1 – que o governo venha a público e revele claramente as motivações e os contornos do conflito e seu plano de enfrentamento, para que seja superada a desinformação e a ampla desconfiança; 2- que peça imediatamente todo o reforço possível e necessário, em especial para o Governo Federal; 3- convocar o Legislativo, o Judiciário e a sociedade civil para debater efetivamente medidas conjuntas;

6. Teremos todo empenho para que se encontre uma saída urgente para a crise, buscando restabelecer a segurança para nossa população e o esclarecimento dos fatos.

São Paulo, 1º de Dezembro de 2012