Calle 13 volta a Porto Rico após três anos de censura

O prefeito da capital Jorge Santini tinha proibiu apresentações do Calle 13 em San Juan desde 2009.

René Pérez Joglar, vocalista do grupo e conhecido como El Residente, abriu o show junto com a sua irmã Ileana Cabral para um público eufórico e com expectativas, com temas como Vamos a portarnos Mal (Vamos nos comportar mal), Nadie como tu (Ninguém como você), e Baile de los pobres (Baile dos pobres).

Como já é habitual nas apresentações do Calle 13, El Residente fez um chamado a melhorar as condições de vida dos mais pobres, destacando a questão da educação pública, um setor deficitário na sociedade porto-riquenha.

"Há que se unir e exigir ao governo que dê prioridade à educação como nunca antes… não faz falta domesticar as pessoas, não fazem falta idiotices, fazem falta professores preparados, tempo na escola", disse o cantor.

El Residente insistiu que em Porto Rico se está vivendo violência demais e que impera o ódio, motivo pelo qual chamou a dedicar mais tempo, prioridade e recursos à educação.

"Pedimos uma universidade acessível e gratuita… se tivesse melhor educação, teríamos menos violência", enfatizou René.

Junto a Calle 13, que é integrado também por Eduardo Cabral, conhecido como El Visitante, subiram ao palco do Pier Isla Grande o cantor panamenho Rubén Blades e os locais Tego Calderón e Lucecita Benítez, que interpretou junto aos anfitriões o tema América Latina.

Calle 13 já foi reconhecido com dez Prêmios Grammy Latinos e dois Grammy's, sendo assim o grupo de música urbana mais premiado pela academia musical estadunidense.

Com um estilo eclético, o grupo utiliza com frequência instrumentos não convencionais, com uma grande capacidade de abordar diferentes temas que vão desde letras satíricas até comentários e críticas sociais, enfocados fundamentalmente na América Latina.

Fonte: Prensa Latina