Haiti comemora 209 anos de independência submerso na pobreza

O Haiti não conseguiu se recuperar dos 200 mil mortos que deixou o terremoto e milhares de desabrigados que continuam vivendo em refúgios “temporais”. Também não consegue superar a epidemia de cólera que deixou mais de sete mil mortos e dezenas de afetados, a maioria deles nos hospitais que carecem das mínimas condições de assistência médica.

Em junho de 2012 a Organização Internacional da Migração (OIM) revelou que o número de refugiados diminuiu, lamentavelmente, devido a uma combinação de “despejos forçados, partidas voluntárias e subsídios para alugar”.

“Não está claro onde está a maioria das pessoas que partiu, nem se sua moradia melhorou em comparação com os acampamentos”, expõe o texto. O governo, com o apoio da OIM, outorgou subsídios para aluguel de 500 dólares durante um ano para os danificados, mas eles beneficiaram apenas 5% da população nos acampamentos.

Mesmo que os governos latino americanos destacam os esforços do presidente Michel Martelly para melhorar as condições de vida de seus povos, também lamentam que o processo seja lento e se veja refletido na continua migração para outras nações.

Recentemente, Martelly fez um chamado para a comunidade internacional para trabalhar de maneira conjunta e resolver os problemas “sérios e profundos” no Caribe.
Um dos projetos do atual governo está vinculado a possibilidade de ingressar como membro pleno da Aliança Bolivariana dos Povos de Nossa América (Alba), para que desta maneira possa ter acesso a todos os benefícios que o bloco oferece.

O Haiti proclamou sua independência em 1º de janeiro de 1804 convertendo-se na primeira nação latino-americana a realizar este ato, após um processo revolucionário de caráter abolicionista que começou em 1791 e levou a uma prolongada luta armada contra a França, potencia colonizadora desde o fim do século 17.

Fonte: TeleSur
Tradução da redação do Vermelho