Conselho de Segurança da ONU examina conflito na Síria

O Conselho de Segurança dedica sua jornada, nesta sexta (18), ao conflito na Síria, com a participação da alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay.

A sua presença vai dar ao encontro uma forte carga nesta área, que se tornou um dos principais ângulos manipulados pela liderança da ONU e pelas potências ocidentais para colocar o governo sírio como o único responsável pela crise.

No início deste mês, a comissária foi a primeira a elevar a 60 mil o número de mortes registradas durante quase dois anos de confrontos entre forças do governo e grupos armados no país árabe.

De acordo com a própria Pillay, esse número foi o resultado de relatos que, a seu juízo, eram críveis, e teriam vindo de sete fontes, mas sem avaliações sobre o terreno.

A reunião do Conselho de Segurança acontece depois da chancelaria síria reivindicar nesta quinta (17) uma condenação desse organismo aos mais recentes ataques terroristas registrados em várias cidades.

A demanda está contida em cartas enviadas ao Conselho de Segurança e ao titular da ONU, Ban Ki-moon. Os textos identificam a rede al-Qaeda e seu braço armado, conhecido como Frente al-Nousra, como responsáveis pelos ataques.

Damasco qualificou como imoral qualquer tentativa de bloquear uma condenação destes atos terroristas por parte do órgão responsável pela paz e segurança internacionais.

Há dois dias, o representante permanente da Síria na ONU, Bashar Jaafari, advertiu o Conselho de que as atividades terroristas contra o seu país atingiram níveis perigosos pela quantidade e natureza.

Falando em um debate aberto dedicado à luta contra este flagelo, o diplomata informou que grupos armados de oposição aumentam seus ataques cada vez que o órgão da ONU realiza uma reunião sobre terrorismo.

O Conselho de Segurança tem agendada mais uma sessão de consultas, no dia 29, altura em que espera-se a participação do enviado especial da ONU para a Síria, Lakhdar Brahimi, que está tentando estabelecer um processo de negociações para resolver a crise.

Fonte: Prensa Latina