Chanceler russo fala sobre desafios da agenda internacional

O chanceler russo, Serguei Lavrov, declarou nesta quarta-feira (23) que 2012 foi um ano complexo nas relações internacionais e na situação mundial, devido aos conflitos no Oriente Médio e a crise na Síria.

Entre as tendências que considerou dominantes durante o período, Lavrov mencionou a prevalência do uso da força como fator "para solucionar os problemas próprios às custas dos outros" e as dificuldades que a economia global atravessa, em particular a zona do euro.

A Rússia, afirmou Lavrov, baseou suas relações internacionais nos princípios de respeito à supremacia do direito, das normas democráticas e das decisões coletivas.

O chanceler sublinhou o apego da diplomacia russa ao papel central da Organização das Nações Unidas e aos seu esforços para não permitir que se utilize o Conselho de Segurança para legitimar a ingerência externa nos conflitos internos.

Em consonância com isso, atuamos na situação do Oriente Médio, no norte da África e na crise síria, observou o chanceler, ao definir os principais desafios da diplomacia russa durante o ano passado, em uma coletiva de imprensa com meios de comunicação nacionais e estrangeiros.

Como temas pendentes no plano diplomático, Lavrov esboçou a problemática em torno da proliferação de armas de destruição em massa, que envolve diretamente a situação em torno do programa nuclear iraniano e na Península Coreana.

Outro ponto a resolver na agenda internacional tem a ver com a projetada Conferência para a criação de uma zona livre de armas de extermínio em massa no Oriente Médio, promovida por Moscou, levando em conta os conflitos existentes e a existência na região de um país possuidor de arsenais nucleares, como é Israel.

A política externa da Rússia, segundo o chanceler se orienta para o fortalecimento da segurança coletiva, a estabilidade, a solução dos conflitos mediante a busca de compromissos razoáveis, o diálogo e a cooperação com todos os Estados nacionais.

Lavrov privilegiou como coluna vertebral dessa estratégia os princípios propugnados pelo Krêmlin de pragmatismo, abertura, política com múltiplos vetores , previsibilidade e promoção dos interesses nacionais, sem fomentar a confrontação e ratificou a intenção da Rússia de fortalecer as posições do país como um dos líderes com força e influência no sistema multipolar em formação, no novo quadro e novas prioridades do século 21.

Prensa Latina