ACNUR: Número de refugiados sírios está perto de 630 mil

A ONU prevê também que, até junho, o número de refugiados sírios pode chegar a 1,1 milhão. Os principais países onde os sírios procuram refúgio são a Jordânia, com 240.000 refugiados, entre os já registrados e os requerentes; a Turquia, com 170.643; o Líbano, com 256.450; o Iraque, com 83.958 registrados; e o Egito, com 15.057 também já registrados.

Os números são preocupantes pelas condições em que esses refugiados deixam o seu país, pelo impacto que a sua migração, insegura, causa nos países vizinhos (o Líbano e a Jordânia, por exemplo, já têm que lidar com a integração de um grande número de refugiados palestinos) e com a situação no interior da Síria, que não mostra sinais de melhora e, por isso, não permite previsão de retorno para os refugiados.

Em janeiro, a ONU realizou a Conferência Internacional de Doadores no Kwuait, em que a meta de 1,5 bilhão de dólares para o apoio aos sírios afetados pelo conflito foi alcançada. O secretário-geral da organização, Ban Ki-Moon, disse na ocasião que o dinheiro iria para os deslocados internamente e para os países vizinhos que recebem os refugiados. Ainda, 500 milhões de dólares serão destinados a voluntários que prestam ajuda humaniária a 4 milhões de sírios afetados pela guerra civil que já dura 2 anos.

As "conferências de doadores" são frequentes em casos como este, em que os países que recebem os refugiados dizem precisar de ajuda extra para recebê-los e evitar tensões com as populações locais. Dias antes do encontro no Kwait, por exemplo, o presidente libanês Michel Suleiman havia pedido 370 milhões de dólares para o apoio aos refugiados e urgiu aos seus vizinhos que também recebessem os sírios.

Na conferência, o presidente libanês também anunciou o destino do fundo recebido: 180 milhões de dólares iriam para instituições libanesas que apoiam os refugiados e outros 190 milhões estavam previstos para as organizações internacionais atuando dentro do Líbano.

A urgência de reconstrução no interior da Síria, ainda que a guerra civil siga ativa, foi também debatida na conferência e em outros discursos de funcionários da ONU. 


Da Redação do Vermelho