Irã defende-se de acusações sobre tráfico de armas na região

O embaixador iraniano para a ONU, Mohammad Khazaei, rejeitou, nesta quinta-feira (14), as acusações ocidentais sobre um suposto envio de armas ao Iêmen e à Somália. Segundo Khazaei, as acusações não têm fundamento e baseiam-se em propaganda política.  

"Essas acusações não têm fundamento, não têm evidências que as apoiem. As inspeções iniciais do navio interceptado que estava a caminho do Iêmen, em águas internacionais, mostraram que estava portando a bandeira do Panamá; assim, não transportava qualquer cidadão iraniano como parte da tripulação,” afirmou o embaixador. 

Ao ressaltar a prontidão de Teerã em cooperar com o CS para esclarecer o assunto, Khazaei disse ainda que o Irã espera que esse órgão das Nações Unidas investigue as acusações, corrija-as e compense o país pela abordagem injusta acusatória.

Ainda, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehman-Parast, também negou categoricamente as acusações sobre o envio de armas ao Iêmen, e reiterou que o Irã respeita a segurança e a estabilidade regional.

As afirmações de Mehman-Parast seguiram a de muitos oficiais iemenitas, inclusive as do ministro do Interior Abdel-Qader Kahtan. A mídia iemenita de raízes sauditas havia dito que um navio iraniano interceptado pelo exército do Iêmen levava armas para a comunidade Houthi no norte do país ou, segundo oficiais iemenitas, para rebeldes na Somália, que lutam contra o governo central.

“Nós anunciamos diversas vezes que priorizamos a estabilidade e a segurança da região, e sublinhamos os direitos e a soberania nacional dos países”, disse o embaixador iraniano.

Na semana passada, o presidente iemenita acusou o Irã de tráfico de armas para o país árabe. O governo do Iêmen pediu às Nações Unidas que investigassem um navio interceptado, alegando transportar armas fabricadas no país persa.

Oficiais iranianos negaram energicamente, em várias ocasiões, as alegações dos oficiais iemenitas e ocidentais, já que o Irã continua comprometido com a segurança e a estabilidade regionais. Ainda, há indícios e evidências fortes do apoio dos EUA e de países europeus a grupos armados e elites guardadas por paramilitares na região.

Com IRNA