Cisjordânia e Gaza protestam por morte de preso palestino

A Cisjordânia e a Faixa de Gaza ardem neste domingo (24) pelos protestos de grandes massas de palestinos depois da morte de Arafat Jaradat, um prisioneiro sem acusação em cárcere israelense.

Os distúrbios deste domingo são consequência de outros ocorridos em todos os cantos da Palestina ocupada diante do iminente falecimento de Samer Issawi, outro prisioneiro sem acusação que se recusa a ingerir alimentos desde agosto passado.

Igualmente, informou-se que três mil palestinos presos em cárceres israelenses se negaram a ingerir alimentos durante 24 horas em solidariedade com os grevistas de fome.

Um decreto das autoridades de ocupação permite deter pessoas sem acusação por tempo indeterminado e mantê-las incomunicáveis.

Meios de informação palestinos disseram que está programada a autópsia de Jaradat, de 30 anos, em perfeito estado de saúde quando foi preso, de acordo com testemunhos de seus familiares, os quais asseguraram que foi torturado durante seu cativeiro.

Nas ruas Ramallah, Hebron, Sair, a aldeia natal do prisioneiro, e outras localidades, a população se enfrentou com tropas israelenses que dispersam os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo em um clima de alta tensão que pressagia uma revolta maior.

As autoridades palestinas advertiram o governo israelense de que a continuação de suas violações dos direitos humanos nos territórios ocupados pode desembocar em uma terceira Intifada (insurreição árabe), impulsionada também pelo confisco de terras para construir assentamentos paramilitares destinados a imigrantes sionistas.

A eclosão da violência coincide também com as gestões do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para formar um gabinete depois que sua coalizão Likud -Yisrael Beitenu conseguiu apenas 31 cadeiras nas eleições parlamentares no final de janeiro passado.

Com Prensa Latina