Diálogo Irã-G5+1 continuará se Ocidente mudar de política

O membro da comissão de Segurança Nacional e Política Exterior da Assembleia Consultiva Islâmica do Irã, Esmail Kosari, disse na última sexta-feira (1º) que as conversações entre o Irã e o Grupo 5+1 obterão resultados se os governos ocidentais reconsiderarem sua postura com respeito a Teerã.

“A França, os Estados Unidos e o Reino Unido deveriam abandonar sua antiga postura hostil. Se mudarem de atitude, os diálogos com o G5+1 darão resultados positivos; do contrário, estes países devem saber que a nação iraniana nunca vai a ceder diante das pressões e ameaças estrangeiras”, sublinhou Kosari.

O legislador iraniano insistiu em que a resistência do povo contra as pressões e sanções unilaterais do Ocidente, junto com seu apoio ao programa de energia nuclear da República Islâmica frustraram os governos ocidentais em suas políticas hostis contra o Irã, obrigando-os a suavizar suas posições .

Kosari realçou que apesar de que o Grupo 5+1 (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia, China, mais a Alemanha) na última rodada de conversações com o Irã, realizada nos dias 26 e 27 de fevereiro na cidade de Almaty, no Cazaquistão, tenha mostrado uma mudança de comportamento, continua sendo pouco confiável devido a suas condutas.

O parlamentar persa assinalou que Teerã, mesmo mantendo sua desconfiança, continuará seus diálogos com o G5 +1, e as autoridades iranianas creem que a recente mudança de postura para com o Irã significa uma derrota para o Ocidente.

A última rodada de conversações entre o Irã e o Grupo 5+1 terminou na quarta-feira última (27) na cidade de Almaty, no Cazaquistão, em que ambas partes concordaram em manter um diálogo em nível de especialistas em 18 de março na Turquia, e em seguida haverá outra rodada de conversações nos dias 5 e 6 de abril, de novo em Almaty.

Os Estados Unidos e o regime israelense e alguns de seus aliados em reiteradas ocasiões acusaram Teerã de perseguir objetivos bélicos com seu programa de energia nuclear; usando alegações falsas, Washington e a União Europeia (UE) impuseram vários pacotes de sanções unilaterais contra o país persa.

O Irã, por sua vez, depois de rechaçar tais es imputações, sustenta que como signatário do Tratado de Não Proliferação (TNP) e membro da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) temo direito de desenvolver tecnologia nuclear com fins pacíficos.

A AIEA realizou numerosas inspeções das instalações nucleares do Irã, mas nunca encontrou nenhuma prova que demonstre que o programa nuclear civil do Irã se tenha desviado para objetivos militares.

Blog da Resistência www.zereinaldo.blog.br