Grandes Lagos: ONGs congolesas pedem diálogo de paz africano

Organizações não governamentais da República Democrática do Congo advogaram, na capital Kinshasa, pela implementação efetiva do acordo africano de paz para este país e para a região dos Grandes Lagos. 

República Democrática do Congo - Patria Grande

O pacto, subscrito recentemente na Etiópia em uma cúpula entre chefes de Estado da região dos Grandes Lagos, tem como objetivo o fim ao apoio estrangeiro a grupos rebeldes em Kinshasa e a promoção da reforma das instituições congolesas, como a polícia e o Exército.

O documento das ONGs (46, no total) assinalou que após a assinatura do acordo marco de paz para esta região, é imperativo a nomeação de um enviado especial da ONU. O comissário, afirmaram, terá como missão a facilitação do diálogo regional sobre questões econômicas, políticas e de segurança, e assistir ao governo da República Democrática do Congo (RDC) na reforma das instituições nacionais.

As ONGs consideraram também em sua mensagem aos países africanos e parceiros internacionais que o pacto oferece a melhor das ocasiões para a instauração de um processo de paz global que enfrente as causas profundas do conflito no Congo.

Organismos locais, como a Iniciativa congolesa para a Justiça e para a Paz, insistem que um elemento importante da governabilidade a RDC é evitar-se que elementos criminosos de guerra integrem-se ao exército, à polícia e a órgãos de segurança.

Nos últimos tempos, a situação política e militar se deteriorou no leste congolês, com ações armadas insurgentes do Movimento 23 de Março, que logo após a tomada de cidades como Goma, estabeleceram negociações com o governo de Kinshasa.

A RDC acusou países vizinhos, como o Ruanda, de abastecer os rebeldes com recursos logísticos, o que alimenta o conflito armado e coloca em perigo a segurança deste país africano, cuja população ascende a mais de 73 milhões de habitantes.

Fonte: Prensa Latina
Tradução da Redação do Vermelho