Prefeitura de São Paulo lança Mulheres em Todos os Espaços

Durante lançamento do programa Mulheres em Todos os Espaços, o prefeito de São Paulo Fernando Haddad defendeu, nesta quinta-feira (7), a importância de direcionar os programas sociais para a população feminina e anunciou iniciativas de proteção aos direitos da mulher nas áreas de saúde, habitação, assistência social e iluminação pública.  

Padilha - Nádia e Haddad - Foto: Prefeitura de São Paulo

Em coletiva à imprensa, Haddad explicou como funcionará as iniciativas. “Quem é o beneficiário dos programas? Para mim, o chefe da família é sempre a mulher. Então a partir de agora a mulher vai receber o benefício, porque se houver algum problema de violência na família, ela já está protegida e poderá buscar sua segurança e sua dignidade”.

Para a vice-prefeita Nádia Campeão tem-se início um novo tempo no que se refere às políticas públicas para as mulhesres. “São ações aparentemente simples, mas com resultados muito importantes na vida das mulheres de São Paulo. A violência é um dos obstáculos à plena emancipação feminina”, afirmou Nádia Campeão.

O evento, que reuniu mais de 250 pessoas na sede da Prefeitura, na região central, também refletiu sobre as políticas públicas municipais contra o preconceito e as desigualdades de gênero, que agora são de competência da nova secretaria de Políticas para as Mulheres. 

Denise Motta Dau, secretária de Políticas para as Mulheres, comemorou as propostas e afirmou: “Nós trabalhamos na formulação de ações em três prioridades: enfrentamento da violência contra a mulher, empoderamento por meio da busca da autonomia econômica e ações temáticas intersetoriais. Nestes dois meses trabalhamos bastante para que estas ações intersetoriais começassem a dar frutos”.

Foto: Prefeitura de São Paulo

Haddad destacou importância dos cidadãos manterem seus cadastros atualizados nas unidades de saúde.

Habitação
 
Na área de habitação, foi anunciada a priorização de mulheres vítimas de violência doméstica no Programa Parceria Social. “As mulheres saem de suas casas sem recursos, levando os filhos, sem condições dignas. A ação visa, em um período de emergência, oferecer recursos que dêem condição da mulher se manter até que haja uma nova inserção social, no mercado de trabalho, em uma vida mais digna”, explicou o secretário José Floriano de Azevedo Neto (Habitação).

Violência

A prevenção da violência contra a mulher é o objetivo da ampliação e manutenção dos pontos de luz em locais estratégicos da cidade. Segundo o secretário Simão Pedro (Serviços), a iluminação pública está sendo reforçada em locais com incidência de casos de violência sexual e agressões. A partir de informações dos movimentos sociais, da Guarda Civil Metropolitana e da Secretaria Estadual de Segurança Pública, serão instalados em 2012 cerca de mil novos pontos de luz por mês. 

Durante o evento foi apresentada a cartilha “A São Paulo que queremos não tolera violência contra a mulher”, com orientações para mulheres vítimas de violência. O manual contém toda a Lei Maria da Penha, explicações sobre os direitos das mulheres, bem como os endereços de todos os Centros de Cidadania da Mulher (CCM), Casas Abrigo e Centros de Atendimento para Mulheres Vitimas de Violência. 

Saúde

A partir de parceria firmada entre o Ministério da Saúde e a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, que prevê o repasse anual de R$ 120 milhões para a implantação do Rede Hora Certa, a Prefeitura de São Paulo pretende diminuir o tempo de espera por mamografias, ultrassom transvaginal e de mamas na rede pública. O projeto começará com atendimento a 90 mil mulheres em três meses.

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, serão usados equipamentos da prefeitura e com três turnos de serviços, além dos sábados e domingos. “Vai utilizar toda a rede própria do município e os serviços filantrópicos que são parceiros do Sistema Único de Saúde [SUS] e credenciar os serviços particulares que puderem ajudar”, disse, após lançamento das parcerias "Mulheres em Todos os Espaços", na prefeitura de São Paulo. De acordo com a prefeitura, 800 mil pessoas estão na fila de espera por exames e cirurgias no sistema municipal.

Com informações da Prefeituara de São Paulo