UJS adere à campanha ”Homem de Verdade não bate em mulher”

Dia Internacional da Mulher

Enquanto lemos estas linhas, uma, duas, três e mais mulheres estão sendo agredidas. Em silêncio ou num grito abafado. Possa ser que uma vá parar no IML e as outras, no dia seguinte, disfarçarão os hematomas e seguirão o seu cotidiano. Elas são mais vítimas e os números das estatísticas da violência contra a mulher aumentam.

No oito de março, as mulheres serão homenageadas de diversas formas. Mais um dia onde o consumismo tenta tirar o seu maior significado: O que comprar? Flores? Perfumes? Pano de prato? Sapato? Jóias? Panelas? Enfim, não foi com o sentido de ser presenteada ou presentear que surgiu a necessidade desse dia. As 130 operárias que lutaram e foram queimadas por reivindicar seus direitos trabalhistas há 156 anos, numa tecelagem em Nova Iorque, não queriam presentes. Elas queriam ser, no mínimo, respeitadas.

Na contemporaneidade, as lutas feministas continuam, como a equidade entre homens e mulheres – a começar pela luta por igualdade salarial, direitos reprodutivos, sexuais, o direito à vida sem marcas da violência, da opressão. As mulheres negras, brancas, indígenas, asiáticas, africanas, orientais e ocidentais, das diversas classes econômicas, não merecem mais mirar-se no exemplo das mulheres de Atenas por obrigação. Por isso se fazem necessários os Movimentos feministas para debater, dialogar, mostrar novas possibilidades, ir ao enfrentamento quando preciso, e afirmar as bandeiras de luta, e que os movimentos feministas não são a luta de sexos e sim a afirmação que as mulheres não são o sexo frágil, que não queremos nem mais e nem menos direitos, queremos acabar com a crescente violência contra as mulheres, e que os agressores não fiquem impunes. Para isso se faz necessária a aplicação da Lei Maria da Penha. Para isso é necessária a denúncia e o apoio do Estado às vítimas.

O coletivo Loreta Valadares jovens feministas e a União da Juventude Socialista manifestam sua solidariedade às mulheres vítimas da violência, sejam por agressão física, psicológica, verbal e tantas outras. Convocamos a juventude e a militância da UJS para para o ato no dia 08 de março, no qual vamos valorizar o sentido desse dia: para refletir e nos manifestar contra a violência à mulher.

O movimento feminista da UJS luta pela luta das mulheres nos espaços políticos e de poder, contra o preconceito de gênero, o direito ao corpo, e, principalmente pela emancipação humana, por uma sociedade mais justa, igualitária, emancipada e livre! Onde homens e mulheres caminhem lado a lado construindo essa nova sociedade, superando todas as opressões e assim criar novas possibilidades de um mundo de paz, sem violência!

Que neste 8 de março, o grito de liberdade daquelas 130 operárias possa ser o nosso grito… O grito de todas as mulheres que simplesmente querem ser apenas mulheres, sem sofrer agressões sob as égides do machismo e do patriarcalismo ainda vigentes e enraizados em nossa sociedade.

Vamos marchar neste 8 de março em defesa dos nossos direitos fundamentais! Vamos marchar contra o preconceito e a favor da liberdade de gênero! Pois a luta feminista é a luta do povo pela liberdade! Viva o Dia Internacional da Mulher!

Saudações Feministas!
UJS Fortaleza.
De 8 de Março de 2013 para Sempre.