Cuba: Especialista destaca juventude na atualização econômica

A incorporação de jovens cubanos ao trabalho no setor não-Estatal da economia implica desafios em matéria de formação e preparação para a inserção em um meio inovador, de acordo com a pesquisadora María Josefa Luis, em entrevista à Prensa Latina nesta quarta-feira (13). 

 “Com a abertura ao desenvolvimento de iniciativas privadas, como parte da atualização econômica que vive Cuba, os jovens têm a possibilidade de entrar em um tipo de trabalho para o qual não estão completamente formados”, declarou María.

A especialista do Centro de Estudos sobre a Juventude referiu-se, neste sentido, à importância de determinadas capacidades gerais, como a que deve ter o indivíduo para analisar e tomar decisões em momentos difíceis e condições de risco.

Também ressaltou a capacidade de empreendimento e iniciativa necessária para iniciar ou consolidar qualquer projeto por conta própria, de acordo com o que se chama, em Cuba, o trabalho no setor não-Estatal.

“Temos que incentivar os jovens e na família as habilidades para ganhar independência”, explicou María, “assim como ser capazes de definir objetivos e buscar os caminhos para chegar a essa meta.”

Ainda que a entrada no setor não-Estatal da economia seja uma possibilidade real, para o Estado cubano continua sendo prioridade acolher um importante número de jovens em suas entidades e organismos, entretanto.

“Para o Estado, é importante preparar seus recursos humanos e depois garantir-lhes uma locação laboral; assim tem sido desde o triunfo da Revolução, em 1959, e assim tem se projetado a vida do país, inclusive no momento atual”, ressaltou a especialista.

Neste sentido, María manifestou que, de acordo com pesquisas realizadas, a maior parte dos jovens está vinculada e prefere o setor Estatal.

Segundo a pesquisadora, a idade média de inserção laboral na ilha é de 19 anos, e pouco mais de 40% dos jovens dentre 20 e 24 já estão trabalhando.

Com Prensa Latina