EUA garantem "todos os recursos" militares à Coreia do Sul 

Os Estados Unidos garantiram nesta segunda-feira (18) à Coreia do Sul o arsenal nuclear norte-americano e "todos os recursos" militares para a "defesa" contra a República Popular Democrática da Coreia (Coreia do Norte), que havia reafirmado o seu direito à auto-defesa contra os ímpetos imperialistas na região até com "ataques nucleares preventivos". 
 

O secretário de Estado da Defesa adjunto, Ashton Carter declarou que os Estados Unidos estão "firmes no seu compromisso" de usar as suas armas nucleares como força de dissuasão contra Pyongyang nos últimos dias.

"Poremos todos os recursos à disposição da nossa aliança", disse no fim de um encontro com o ministro da Defesa sul-coreano, Kim Kwan-Jin, citado pela agência sul-coreana Yonhap.

Em Washington, o Departamento de Defesa (Pentágono) anunciou que em 18 de março um bombardeiro estratégico norte-americano (B-52) voou sobre a Coreia do Sul durante exercício militar conjunto.

Os voos, considerados rotineiros pelos Estados Unidos, podem também ser feitos pelos mais modernos B1 ou B-2, com tecnologia que os torna praticamente invisíveis aos radares. Para a Coreia Popular, porém, é mais uma demonstração agressiva de poderio militar estrangeiro presente na região, com o úinico objetivo de atacá-la.

"Não é segredo que tentamos enviar um sinal muito forte [à Coreia do Norte] do nosso forte compromisso na aliança com a Coreia do Sul", disse o porta-voz do Pentágono, George Little.

Em resposta aos exercícios militares conjuntos já rotineiros entre os EUA e a Coreia do Sul, com navios de guerra e caças na Península Coreana, a Coreia do Norte, que sentiu-se ameaçada pela postura imperialista agressiva, afirmou-se no direito de lançar um "ataque nuclear preventivo", em declaração feita recentemente.

De forma oportunista, a reação norte-coreana foi usada por Washington para aumentar ainda mais o tom agressivo e anunciar, na sexta-feira (15) a intenção de reforçar a sua defesa antimíssil na Costa Oeste.

Como mais uma ameaça contra a soberania e o direito da Coreia Popular de defender seu território, o Conselho de Segurança das Nações Unidas também havia endurecido as sanções contra o país, supostamente em resposta ao teste nuclear feito em fevereiro. 

Os EUA contiunuam interferindo belicosamente e de maneira imperialista na região, aliando-se à Coreia do Sul em declarações e posturas agressivas tanto através do Conselho de Segurança (com as sanções crescentes) quanto com a realização de exercícios militares conjuntos, alegadamente parte de uma "política dissuasora" mas que, na verdade, seguem o padrão imperialista.

Com Agência Brasil