“Ele não tem as mínimas condições”, diz Manuela sobre Feliciano 

A polêmica sobre a permanência do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) no comando da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara poderá ser resolvida na reunião do colégio de líderes desta terça-feira (2). Em entrevista ao jornal Zero Hora, a líder do PCdoB na Casa, a deputada Manuela D’Ávila (RS), disse que o parlamentar “não tem as mínimas condições” de permanecer no comando.  

A seguir a íntegra da entrevista:

Zero Hora: Como a senhora avalia a decisão do PSC de manter Feliciano à frente da comissão?
Manuela D’Ávila:
Os partidos têm autonomia, mas essa é uma situação de contrariedade. Se existe espaço para que um parlamentar tenha posições conservadoras e preconceituosas, não existe espaço para que esse mesmo parlamentar presida uma comissão como a de Direitos Humanos, manifestando posições homofóbicas, racistas e machistas.

Zero Hora: O que representa a bancada evangélica ter o comando da comissão?
MD:
Não acho que o problema seja da bancada evangélica. O problema é esse parlamentar.

Zero Hora: Que medidas a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos deve adotar agora?
MD:
A frente acolherá as denúncias e os problemas que chegarem à Câmara. Como uma mulher vítima de violência poderá procurar ajuda na comissão, se Feliciano diz que os direitos das mulheres são um problema? Como um homossexual agredido vai procurar a comissão, se o presidente diz que os gays são uma maldição? A frente receberá essas denúncias e encaminhará aos órgãos competentes.

Zero Hora: Como o pastor tratará temas como a homoafetividade? Manterá na agenda da comissão?
MD:
Ele não tem as mínimas condições de tratar desses temas. Ele fomenta o preconceito.