Novo TCA será um dos maiores complexos culturais do Brasil

A apresentação da primeira etapa do projeto Novo Teatro Castro Alves, realizada na manhã desta quarta-feira (03/04), contou com a presença de diversas autoridades e personalidades do meio cultural baiano, que estiveram reunidos no Foyer da Sala Principal do teatro para prestigiar o evento. Dividido em duas etapas, o projeto de requalificação e ampliação do TCA vai transformá-lo em um dos maiores e mais completos complexos culturais do país.

Com orçamento estimado de R$ 49,5 milhões, a primeira parte, que deve ser iniciada ainda neste semestre, é composta de ações como a requalificação da Concha Acústica – mantendo sua identidade arquitetônica original -, construção do Edifício Garagem – com 300 vagas para estacionamento -, construção da Casa de Máquinas, escavação, construção e contenção de terrenos e estruturas afins.

“Estamos todos muito felizes com esse momento. Essa é uma obra de grande importância não só para a Bahia, mas para todo o Brasil, um projeto que amplia e requalifica este valioso patrimônio arquitetônico e cultural, que é o Teatro Castro Alves”, afirmou o diretor do TCA, Moacyr Gramacho. Durante o evento, o ator Jackson Costa declamou “Navio Negreiro”, poema de Castro Alves, acompanhado do maestro Carlos Prazeres e de músicos da Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA).

“Esse centro cultural será o único do país. Não temos um centro cultural tão denso como o do TCA”, garantiu Lucas Fehr, arquiteto do Estúdio América, responsável pela assinatura do projeto. O secretário Rui Costa garantiu que o compromisso do governo é entregar a primeira etapa do projeto antes da Copa 2014. “Este espaço esta interligado aos equipamentos que recepcionarão a Copa”.

Com a finalização desta etapa, será dada a ordem de serviço para o início das obras da segunda parte do projeto, que envolve intervenções físicas e também de gestão e uso dos espaços. Contempla a requalificação da Sala do Coro e de seus acessos, bem como a criação de um novo espaço para abrigar a Sala Sinfônica com 600 lugares, oferecendo aos músicos e ao público qualidade acústica de padrão internacional, e o Centro de Referência em Engenharia do Espetáculo.

Consta ainda a requalificação acústica e técnica da Sala Principal e dos espaços a ela anexos, como foyer, terraço, restaurante e bilheterias, os quais também deverão ter seus espaços redistribuídos. “A Orquestra Sinfônica da Bahia vive momento enriquecedor e nada mais coerente do que destinar uma sala só para ela”, afirmou Moacyr Gramacho.

O secretário de Cultura, Albino Rubim, lembrou que, além de investir na qualificação do teatro como um espaço cultural, o projeto investe em uma área que tem sido priorizada pela pasta, a de formação. “A Bahia, que já é reconhecida pela criatividade, vai se consolidar como referência na área de formação. Isso não é um idealismo, visto que o estado tem tradição nessa área, com uma universidade [Ufba] que possui o maior número de cursos, incluindo graduação e pós-graduação, na área de artes e cultura. Precisamos, no entanto, investir na qualificação de profissionais da área técnica, e esse papel o TCA vai passar a realizar”.

Presenças

A assinatura do edital contou com a participação dos secretários de Cultura, Albino Rubim, e da Casa Civil do Estado, Rui Costa, e do diretor do TCA, Moacyr Gramacho. Além destes, participaram o arquiteto Lucas Fehr, o diretor do IPAC, Frederico Mendonça, o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Carlos Amorim, a representante Regional do Ministério da Cultura, Mônica Trigo, o presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil na Bahia, Nivaldo Andrade, a presidenta e o vice-presidente da Associação de Amigos do TCA, Lia Robatto e Renato Simões.

De Salvador,
Ana Emília Ribeiro,
com agências