Maduro denuncia sabotagem da direita em companhias elétricas

O candidato à presidência da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu que o povo venezuelano resista e lute contra planos de desestabilização da direita que, segundo denunciou, está preparando um apagão geral no país. De acordo com o presidente interino, a oposição pretende empreender uma guerra econômica e elétrica contra o povo venezuelano.

Cojedes - Ola Bolivariana

“Quero alertar o povo de que estão organizando um apagão geral no país e se isso ocorrer eu responsavelmente chamo a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) e ao povo a sair nas ruas, a resistir, a lutar pela Revolução do Século 21 e contra a desestabilização”, alertou Nicolás Maduro.

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A denúncia foi feita pelo candidato socialista durante um encontro com a Frente Francisco Miranda no estado Cojedes.

Tentativa de golpe

Após a denúncia, Maduro disse ter confiança de que o povo responderá de forma contundente e pacífica nas ruas, no caso de a direita tentar repetir o golpe de Estado de 2002, e enfatizou a necessidade de manter a união entre as organizações sociais e políticas, assim como a união cívico-militar.

“Todas as respostas devem ser nas ruas, organizadamente, como demonstração de força e união. Três palavras chaves resumem este momento histórico: lealdade, união e amor”, acrescentou.

Sabotagem

“Chamo o povo para o combate e que nos preparemos, sigamos combatendo (…) estão atacando o sistema eletrônico, por isso nesta quarta-feira (3) foi destituído o chefe da Corpoelec [Empresa Elétrica Socialista] de Aragua pelo apagão desta quarta e todos os funcionários que estão contra o povo serão presos. Estão tomando todas as subestações do estado de Arágua”, enfatizou.

Também denunciou que na noite desta quarta-feira (3) “a Grande Caracas ficou sem luz. É esta a frente que escolheram para desestabilizar, mas aqui estamos para combater”.

Assim, convocou todo o povo, os conselhos comunais, as Forças Armadas, a Frente Miranda a supervisar o setor elétrico. “Eles estão infiltrando inimigos da Pátria, porque são movidos pelo ódio” e por isso o candidato da oposição, Henrique Capriles Radonski, “onde quer que vá, vai anunciando apagões”.

“Faço um chamado aos trabalhadores e trabalhadoras no combate, em primeiro lugar. Faço um chamado à Frente Francisco de Miranda, vamos selecionar os melhores quadros para transformar todo o Sistema Elétrico Nacional”, afirmou.

A burguesia venezuelana “está em um nível de delírio de ódio (…) estão desesperados porque sabem que não poderão ganhar as eleições. Nós teremos uma vitória contundente e será o presente que este povo dará, com 10 milhões de votos ao nosso Comandante Supremo”.

“Aqui estamos nós, que derrotamos há 11 anos um golpe de Estado, uma sabotagem petrolífera e a Revolução saiu mais forte. Se nos buscam por aí, aí vão nos encontrar”, acrescentou.

A oposição está “se alinhando, sabe que não poderá. As pesquisas que lidam com o comando da burguesia, no comando do ódio sabem que a diferença aponta para os 15 pontos e isso não é para cair no triunfalismo, é preciso ir votar, a ordem da vitória e de nosso Comandante Supremo é ir votar no próximo 14 de abril”.

Da mesma maneira, garantiu que a direita venezuelana “está manipulando muita grana. A burguesia está apostando tudo, eles dizem que a Revolução chegou ao seu fim e vem com tudo”.

Grande Missão Elétrica

Diante desta sabotagem elétrica, Maduro anunciou que junto com o vice-presidente venezuelano, Jorge Arreaza, e a FANB, sob as propostas deixadas pelo Comandante Hugo Chávez, “estamos de acordo e vamos lançar a Grande Missão Elétrica Venezuela”.

“Eu anuncio um conjunto de propostas que nos deu o comandante Chávez em janeiro, que nós estamos organizando e lançaremos em breve, no final de abril, a Grande Missão Elétrica da Venezuela”, acrescentou.

Indicou ainda que deu instruções para que todas as estações e subestações elétricas do país e seja feita um plano especial de proteção diante da sabotagem. “Vamos às eleições. Deixem de sabotar o povo”, exigiu.

Da Redação do Vermelho.
com AVN