Cagece reconhece falhas e destaca medidas para combater a seca‏

O presidente da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), André Facó, reconheceu falhas nos serviços fornecidos pelo órgão no Estado, mas enalteceu os trabalhos da companhia no intuito de minimizar os impactos da seca e atender a população. Facó participou, na tarde desta quinta-feira (04/03), da reunião da Comissão Especial de Combate à Seca, no Complexo de Comissões Técnicas da Assembleia Legislativa.

O convidado afirmou que o órgão desenvolve tanto ações emergenciais como estruturantes para minimizar os impactos da estiagem no Ceará, que já é considerada a maior nos últimos 50 anos. “Como medida emergencial, a Cagece investiu R$ 50 milhões para a construção de 100 novos poços nas cidades mais castigadas pela seca, como Beberibe, Milhã, Trairi e Quiterianópolis. Recentemente, a presidente Dilma Rousseff aprovou verba de R$ 9 bilhões para combater os impactos da seca. No entanto, o que está atrapalhando o andamento das obras é a burocratização”, afirmou.

O presidente da Cagece também informou como funciona o sistema de abastecimento de água e esgoto de Fortaleza. Ele explicou, ainda, a falta d’água durante o feriado da Semana Santa, que causou transtorno à população. “A data foi escolhida após seis meses de planejamento, levando em conta que cerca de 30% da população deixa a cidade nesse período. O maior problema foi de comunicação, pois nas notas emitidas nós esclarecemos que o abastecimento seria normalizado ao longo da semana”, justificou.

Autor do requerimento da reunião, o deputado estadual Lula Morais (PCdoB) defendeu a Cagece. Segundo ele, o órgão tenta desempenhar o melhor trabalho, mas, assim como outros, tem suas limitações.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Ceará (Sindiagua), Jadson Sarto, questionou a valorização dos profissionais da Cagece e a aprovação de 945 vagas para o concurso da companhia. “Se os profissionais não são valorizados, eles não vão desempenhar um bom trabalho. Não acredito que a burocratização é a problemática, pois as obras prioritárias do Governo foram aprovadas e a verba liberada sem nenhum problema”, acrescentou.

Em resposta ao presidente do Sindiaguas, o presidente da Cagece afirmou que gostaria muito de convocar os 945 novos funcionários, mas que tinha que priorizar o funcionamento adequado do órgão.

Também participaram da audiência a representante do Projeto São José, Mércia Sales; o presidente e o vice-presidente da Comissão Especial de Combate à Seca, deputados João Jaime (PSDB) e Roberto Mesquita (PV), respectivamente; além dos deputados Welington Landim (PSB), Neto Nunes (PMDB), Leonardo Pinheiro (PSD) e Hermínio Resende (PSL).

Fonte: Agência de Notícias da AL