Mulher é maioria dos jornalistas, mas homem predomina na chefia

Atualmente, as mulheres são 64% dos jornalistas que atuam no mercado. A informação foi divulgada na última quinta-feira (04/04) pela Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), com a apresentação da pesquisa Perfil profissional do jornalista brasileiro. Entre os dados de destaque, está o fato de que os homens predominam nos cargos de chefia.

Os resultados se baseiam em um questionário online respondido por 2.731 jornalistas de todos os estados brasileiros e também do exterior. O trabalho, considerado o maior levantamento já realizado sobre o tema no país, é um projeto do Núcleo de Estudos sobre Transformações no Mundo do Trabalho da Universidade Federal de Santa Catarina, em parceria com a Fenaj, e apoio do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo e da Associação Brasileira de Pesquisadores do Jornalismo.

Essa foi a primeira vez que se realizou uma pesquisa com jornalistas baseada em um estudo prévio das dimensões da categoria, cerca de 145 mil profissionais, e com amostragem de todas as regiões do Brasil. Segundo o documento, quase a íntegra dos jornalistas que atuam no país têm formação superior (98%). Desses, 91,7% tem graduação em Jornalismo; dos graduados, 61,2% são formados no ensino privado e 40,4% tem curso de pós-graduação. O estudo identificou 317 cursos de Jornalismo no Brasil.

Ainda de acordo com o levantamento, 59,9% dos jornalistas recebem até cinco salários mínimos; o índice de desemprego observado na categoria coincide com a taxa no país, que fechou 2012 com 5,5%; 55% atuam em mídia (veículos de comunicação, produtoras de conteúdo etc.), 40% em atividades de assessoria de imprensa/comunicação ou outras ações que utilizam conhecimento jornalístico, e 5% trabalha como professores. A cada quatro jornalistas, um está filiado a sindicato.

O relatório será publicado no livro Perfil do jornalista brasileiro
– Características demográficas políticas e do trabalho jornalístico em 2012, em impressão pela Insular (Florianópolis).

De Salvador,
Ana Emília Ribeiro
Com informações de Jornalistas & Cia