Metalúrgicos de Gravataí no Rio Grande do Sul aprovam greve

Metalúrgicos dos primeiro e terceiro turnos da General Motors, em Gravataí (RS), aprovaram uma greve por tempo indeterminado para reivindicar reajuste salarial de 12%. De acordo com dirigentes sindicais, a expectativa é de que os trabalhadores do segundo turno da fábrica também aprovem a paralisação, em assembleia marcada para às 14h desta  hoje.sindicais quarta-feira (24).

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da região, o índice de 12% inclui reajuste real de cerca de 5%. A GM oferece 8,29% de reajuste. No ano passado, os trabalhadores fizeram greve de um dia na unidade, que foi encerrada com acordo de aumento de 7,5% nos salários.

A fábrica possui 4.500 trabalhadores que produzem os modelos Celta, Onix e Prima, a um ritmo de 1.200 automóveis por dia, segundo o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Valcir Ascari.

A greve foi decretada após seis reuniões do sindicato com executivos da montadora desde março. Além do reajuste, os trabalhadores pedem redução na jornada de trabalho para 40 horas semanais.

Segundo o sindicato, a GM ofereceu a possibilidade de diminuir a jornada atual de 42 horas por semana para 41,5 horas a partir de 1º de maio e para 41 horas a partir de janeiro de 2014.

A fábrica da GM em Gravataí é responsável por cerca de 50% da produção total de veículos da montadora no Brasil, segundo o sindicato.

"Mesmo assim, os trabalhadores gaúchos possuem o piso salarial 70% menor que os atuantes em São José dos Campos e São Caetano do Sul, em São Paulo", afirmou a entidade em comunicado.

Representantes da GM não foram ser contatados de imediato para comentar o assunto.

Com Folha de S. Paulo