Luciana Santos pede agilidade nas ações contra a seca 

Luciana Santos (PCdoB-PE) fez discurso no Plenário da Câmara, nesta terça-feira (30) para falar da situação que aflige todo o Nordeste – a seca. Ela elogiou a iniciativa da Casa de realizar Comissão Geral no próximo dia 8, para tratar do assunto, que ela considera “da mais alta relevância”. Ela cobrou "agilidade" nas ações de atendimento às vítimas da seca. A seca repercute negativamente sobre a renda dos trabalhadores e a arrecadação dos municípios, destacou.

Para a deputada, “é necessário ir além das medidas emergenciais. É preciso enfrentar as medidas estruturantes, intervenções que viabilizem os recursos hídricos”, apresentando uma contabilidade dos prejuízos sofridos com a seca deste ano somente no estado de Pernambuco.

De acordo com cálculos da Secretaria da Agricultura, perdemos até agora, devido ao agravamento da seca, cerca de um milhão de cabeças de gado: 200 mil morreram de fome, 500 mil foram abatidos precocemente e 300 mil transferidos para o Maranhão.

A região do agreste ganha ares de sertão e também tem sofrido bastante com a estiagem, que afeta sobremaneira a produção do leite. “É o caso, por exemplo, do Município de Sanharó, de onde recebo preocupantes notícias por meio do Prefeito Fernando Fernandes, do PCdoB”, destacou a deputada.

Sanharó é um município que faz parte da bacia leiteira de Pernambuco, que tem sofrido muito nos últimos anos por conta das secas. O gado não está resistindo à estiagem. As vacas que não morrem ficam magras demais para produzir leite e muito fracas para se reproduzirem.

Segundo a parlamentar, 64 das 71 cidades declararam situação de emergência. Na Zona da Mata são 12. O drama é sentido também no Recife, onde 74 bairros iniciaram o racionamento de água.

“Além do plano de irrigação, que é uma ação inovadora para a política de irrigação de todo o País, e das obras estruturantes em curso, como a transposição do Rio São Francisco e os programas de construção de barragens e cisternas, açudes, perímetros de irrigação, poços profundos e adutoras, é preciso agilidade e celeridade para evitar cenas lamentáveis como as que temos visto nos últimos meses nesta que é uma das piores estiagens dos últimos 50 anos”, enfatizou Luciana.

Da Redação em Brasília