Professores de São Paulo em greve fazem nova assembleia

Os professores da rede estadual de São Paulo realizam nesta sexta-feira (3) mais uma assembleia para decidir se o movimento grevista, iniciado em 22 de abril, continuará. Está marcado para segunda (6), o julgamento do “embargo declaratório” interposto pelo Governo Estadual contra a sentença obtida pelo sindicato da categoria no processo que move contra a Secretaria de Educação pela aplicação da jornada prevista na lei do piso.

O cumprimento da jornada de trabalho de acordo com a Lei Nacional do Piso, que exige no mínimo 33% da jornada para atividades de preparação de aulas e formação, é uma das reivindicações dos professores de São Paulo. O julgamento ocorre na 10ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), e está marcado para às 14 horas. os trabalhadores na educação do estado organizam uma vigília para acompanhar a sessão.

A Secretaria Estadual da Educação afirma que cumpre a lei. No entanto, o Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp) tem a favor a sentença, suspensa temporariamente, favorável de aplicação do que determina a lei do piso.

Na quinta-feira (2), a presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, esteve, em Brasília, com o  Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, para tratar da implantação da jornada do piso.

Greve

Segundo a Apeoesp, a greve tem adesão de 33% da categoria. Outras reivindicações dos docentes são: reajuste de 36,74% nos salários para reposição das perdas salariais acumuladas desde fevereiro de 1998; reajuste imediato de 13,5%, sendo 6% já assegurados pela lei, mais 2% acrescidos pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), que somam os 8% propostos por ele. Além de 5% referentes à parcela do reajuste de 10% que não teria sido paga em 2012.

Os professores também cobram a extensão dos direitos e condições de trabalho do professor da categoria ”F” para o da categoria “O”, que são profissionais contratados temporariamente e que não podem utilizar os serviços do Hospital do Servidor Público, por exemplo. Eles querem também o fim da transferência forçada de professores das escolas de tempo integral e a implementação de políticas para prevenir e combater a violência nas escolas.

A assembleia geral desta sexta será realizada no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na capital paulista, às 14h. Desde às 12h alguns professores já estão no local. No sábado (27), cerca de 20 mil professores, segundo a assessoria da Apeoesp, participaram da última reunião da categoria para deliberações sobre o movimento e de uma passeata até a Praça da República.

Com agências