China critica fim do embargo de armas da UE a grupos na Síria

A China criticou nesta quarta-feira (29) a suspensão do embargo de armas da União Europeia (UE) aos grupos armados na Síria, e sublinhou novamente a solução política dialogada como a única via para finalizar a crise instalada no país. Durante uma coletiva de imprensa celebrada em Amã, capital da Jordânia, o enviado especial da China para o Oriente Médio Wu Sike afirmou que o seu país rechaça o envio de armas aos grupos armados na Síria, já que isso só agravará a situação da população.

Enviado da China ao Oriente Médio - HispanTV

O enviado chinês ressaltou a postura da China contrária à intervenção estrangeira no país árabe e assegurou que Pequim considera o diálogo a melhor forma de acabar com os distúrbios que afetam a Síria.

Wu também agradeceu a Amã por dar refúgio aos sírios que buscam asilo na Jordânia, e prometeu oferecer ajuda aos sírios que se veem obrigados a abandonar as suas casas para buscar refúgio nos países vizinhos.

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A crítica da China se soma a outras similares formuladas pelo Irã, pela Rússia e pela própria Síria, que condenam a iniciativa e a consideram contrária aos esforços internacionais destinados a buscar uma solução política para o caso sírio, para restaurar a paz no território.

Na segunda-feira (27), os 27 países membros da União Europeia concordaram em finalizar as restrições ao envio de armas aos grupos armados que atuam na Síria contra o governo do presidente Bashar Al-Assad, e prolongaram outras sanções impostas contra o país.

A Síria está submersa há dois anos em distúrbios provocados por grupos armados, muitos compostos por mercenários e terroristas, inclusive estrangeiros, com o apoio de alguns países ocidentais e da região, provocando a instabilidade e afetando gravemente a segurança nacional.

Com HispanTV