Argentina recebe apoio à sua soberania sobre as Ilhas Malvinas

A Argentina destacou o respaldo da América Latina e do Caribe à sua reivindicação de soberania sobre as Ilhas Malvinas, nesta segunda-feira (10), no Dia da Afirmação dos Direitos Argentinos nos Territórios no Atlântico Sul. “A Argentina não está sozinha e conta com o firme respaldo da região em nossos legítimos direitos sobre as Ilhas Malvinas, Geórgias do Sul, Sandwich do Sul e os espaços marítimos circundantes, territórios usurpados pelo Reino Unido”, afirma uma declaração da Chancelaria.

Referendo Ilhas Malvinas - Telegraph

O texto rememora que, no dia 3 de janeiro de 1833, as autoridades e os povoadores argentinos desses territórios insulares foram expulsos à força pelo Reino Unido. A partir de então, as ilegítimas autoridades britânicas passaram a exercer um controle intenso sobre as migrações com a finalidade de configurar uma população à medida das suas pretensões coloniais. “A República Argentina nunca consentiu com tal despojo territorial”, destaca.

A causa argentina projeta-se além da região, assegura a nota, ressaltando o que qualifica de “contundente amostra de solidariedade Sul-Sul”, com relação ao respaldo latino-americano.
A nota recorda ainda que, na recente Cimeira América do Sul – África, celebrada em Malabo, na Guiné Equatorial, as 54 nações africanas “que sofreram o colonialismo na pele”, expressaram o seu respaldo unânime aos direitos de soberania argentinos.

A isso se agregaram os numerosos e permanentes pronunciamentos de múltiplos organismos e foros internacionais que insistem em renovar o chamamento a ambas as partes a retomar as negociações para colocar fim, de maneira pacífica e justa, a disputa de soberania.

Entre esses foros, enumera a Chancelaria, destacam-se a ONU, o Grupo dos 77 + China, as Cimeiras ibero-americanas e as Cimeiras de Países Sul-americanos e Árabes (Aspa), assim como a Organização de Estados Americanos (OEA), que se pronunciou nesta quinta-feira (6), uma vez mais, favorável à retomada das negociações.

“Ao invés de cumprir com as suas obrigações internacionais, o Reino Unido organizou, em março passado, uma votação irregular entre os povoadores implantou nas Ilhas Malvinas, uma consulta que tergiversa a verdadeira condição jurídica em que se encontram as ilhas”, afirma o comunicado.

A Chancelaria argentina reafirma que essa violação não encontra qualquer sustentação em qualquer uma das 40 resoluções da ONU sobre a “Questão das Malvinas”, nem altera a natureza bilateral da disputa de soberania, nem livra esse país de cumprir com a obrigação que o direito internacional impõe.

“Tal manobra política, não apoiada pela ONU nem reconhecida por qualquer governo, foi expressamente rechaçada pelo Mercosul, pela União de Nações do Sul (Unasul) e a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba)”, completa.

Fonte: Prensa Latina
Tradução da redação do Vermelho