Equador manterá asilo a Assange e reitera pedido de salvo-conduto

O governo do Equador ratificou na última segunda-feira (11) que manterá o asilo concedido a Julian Assange, que está há quase um ano sem sair da embaixada equatoriana em Londres, e pediu que governo britânico o deixasse, pelo menos, tomar sol.

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O chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, disse que na próxima segunda-feira (14) se reunirá em Londres com seu colega britânico, William Hague, para tratar do caso. Patiño afirmou que na reunião, Hague "vai conhecer nossa absoluta decisão de manter a proteção e o asilo ao senhor Assange", baseada em fundamentos jurídicos e na legislação internacional sobre direitos humanos.

O Equador reivindicou um salvo-conduto em favor de Assange, mas a polícia britânica tem ordens para detê-lo assim que pisar fora do edifício diplomático.

Patiño disse que entregará a Hague um documento no qual demonstra, "com uma excelente fundamentação jurídica, que o Reino Unido não só pode, mas deve conceder o salvo-conduto" a Assange, para cumprir com o direito internacional.

O chanceler mencionou que as leis europeias dão respaldo para a posição equatoriana, sobretudo a que determina que nenhuma pessoa deverá ser entregue para outro país, caso possa ser condenada à pena de morte.

Assange considera que, se for extraditado para a Suécia, pode ser levado posteriormente aos Estados Unidos, onde poderia ser condenado por ter divulgado informações confidenciais desse país.

"Acreditamos que ele tem o direito de tomar sol", mas também, "se for necessário, em algum momento, em uma emergência, que ele tenha que deixar a embaixada por motivos de saúde", sem que perca sua condição de asilo, afirmou Patiño.

O chanceler afirmou que também não é necessário "um cordão policial tão grande" como o montado pela polícia britânica em torno da embaixada, e acrescentou que seu país não vai se utilizar de "nenhuma via clandestina" para que Assange possa deixar o lugar.

Fonte: Agência EFE