Consulta: 68% dos jornalistas de impresso aprovam acordo salarial

Em consulta feita aos jornalistas dos jornais O Povo, Diário do Nordeste, O Estado e Aqui CE, 95 dos 138 profissionais ouvidos disseram sim à proposta do Sindjornais de reajuste de 7,41% no piso salarial e 6,5% para demais salários e cláusulas econômicas. Como o objetivo da categoria era conquistar um aumento no piso de 2% acima da inflação, 68,84% dos jornalistas entenderam que o ganho real de 1,92% oferecido pelos jornais seria um bom acordo.

“Esse ganho real foi arrancado na marra, com muito esforço da comissão de negociação do Sindjorce e uma mobilização sem precedentes da base, decisiva para chegarmos a um acordo favorável à maioria dos trabalhadores que ganha o piso”, avalia a presidente em exercício do Sindjorce, Samira de Castro. A consulta foi feita nos dias 7 e 10 de junho.

Com a aprovação do acordo, o piso salarial sobe de R$ 1.486, 89 para R$ 1.597,00. Para os demais salários, o aumento real foi 1,05% acima da inflação de 5,39%. Disseram não à proposta patronal 36 jornalistas ouvidos, o que representa 26,08% do total. Outros sete não souberam responder (5,07%). O reajuste é retroativo a 1º de setembro de 2012.

Decisão unânime na redação do Aqui CE

100% dos onze profissionais consultados na redação do jornal Aqui CE foram favoráveis ao acordo. No O Povo foram 40 votos sim, 11 não e cinco “não sei”. No Diário, 35 sim, 20 não e dois “não sei”. No O Estado foram nove sim e cinco não.

A aprovação do acordo encerra um longo processo de negociação salarial, marcado por paralisações no O Povo e O Estado, manifestações no Diário do Nordeste, assembleias nas redações e decretação de estado de greve pelos jornalistas do jornal mais antigo do Ceará.

Categoria continuará mobilizada

Entre a data da entrega da pauta de reivindicações ao sindicato patronal e a celebração do acordo, foram mais de dez meses de esforços do Ministério do Trabalho para que trabalhadores e patrões chegassem a bom termo.

"Como a data-base de impresso é 1º de setembro, não teremos tempo para descanso. A categoria continuará mobilizada para construir a pauta de reivindicações da próxima Campanha Salarial (2013/2014)", afirma o coordenador da comissão de negociação e diretor de Juventude do Sindjorce, Rafael Mesquita.

Fonte: Sindjorce