Bachelet propõe reforma tributária para financiar educação 

A candidata presidencial chilena, Michelle Bachelet, apresentou nesta quinta-feira (20) uma proposta de reforma tributária para financiar uma reforma na educação.

A ex-mandatária (2006-2010) detalhou que sua iniciativa contempla quatro objetivos: aumentar a arrecadação tributária, avançar na equidade tributária, encarregar-se do déficit estrutural do atual governo e introduzir novos mecanismos que incentivem a economia e o investimento.

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Um dos pontos mais relevantes de sua proposta é a eliminação do Fundo de Utilidades Tributárias (FUT) . “Este mecanismo que o Chile conta hoje, não existe em nenhuma parte do mundo. Trata-se de uma fórmula surgida nos anos 1980, posterior a crise vivida nesta década, que obedece as condições econômicas específicas daquele momento em nosso país”, enfatizou. 

Os objetivos da reforma, disse, são aumentar a carga tributária para financiar os gastos permanentes da reforma na educação. Também beneficiará outras políticas em matéria de proteção social e servirá para financiar o déficit estrutural nas contas fiscais que herdaria do atual governo. 

Entre outros aspectos, destacou que a reforma tributária ampliará os benefícios para as pequenas e médias empresas (Pymes) e os dará um trato preferencial. “É difícil imaginar oposição a esta reforma tributária cujo objetivo é financiar a grande reforma educacional que o Chile precisa”, realçou a candidata.

Bachelet adiantou no último domingo (16) a reforma tributária que aumentaria os impostos para as grandes empresas para financiar a educação. Seu anúncio na segunda (17), em entrevista para a rede televisiva chilena Canal 13 , gerou polêmica no setor oficialista, que assegurou que uma proposta deste tipo freará o crescimento econômico, o emprego e o investimento.

As eleições no Chile ocorrerão em 17 de novembro e elegerá além de presidente, deputados e senadores.

Fonte: Prensa Latina