Chile define candidatos presidenciais neste domingo (30) 

Os seis pré-candidatos à sucessão do atual presidente chileno, Sebastian Piñera, quatro candidatos pela coalizão de centro-esquerda e dois pela direita disputam as primárias neste domingo (30). 

Pela coligação de centro-esquerda Concertação, estão a da ex-presidenta Michelle Bachelet (2006-2010), a do representante do partido Democrata Cristão (DC), Claudio Orrego, a de José Antonio Gómez pelo Partido Radical Socialdemocrata (PRSD) e a do independente Andrés Velasco. Pela aliança da direita, que apoia o governo Piñera, disputam o candidato apoiado pela União Democrata Independente (UDI) Pablo Longueira e Andrés Allamand, pelo partido Renovação Nacional (RN).

As eleições primárias deste domingo serão a segunda a ser realizada depois que uma reforma legal estabeleceu a inscrição automática e o voto voluntário no Chile cuja estreia. Nas primeira vez que o sistema foi utilizado, nas eleições municipais e outubro de 2012, foi registrada uma abstenção de cerca de 60%.

Colégios ocupados

Na última quinta-feira (27), o governo do Chile ordenou a desocupação dos estudantes secundaristas que tomaram 28 colégios onde ocorrerá a votação das eleições primárias neste domingo, 21 deles na capital Santiago. A operação deixou mais de 130 detidos e vários alunos feridos.

Na útilma terça-feira (25), o presidente Sebastián Piñera disse que desalojaria os estudantes que ocupam os colégios. “Não vamos permitir que uma pequena minoria, ignorando a lei, pretenda usurpar os 13 milhões de cidadãos chilenos seu direito democrático de poder participar nas eleições primárias no próximo domingo”, afirmou do Palácio La Moneda.

Por sua parte, a ex-presidenta socialista Michelle Bachelet, favorita para as primárias pela oposição, pediu para o governo de Piñera “não utilizar os militares no desalojamento” e “evitar uma banho de sangue”.

Já o presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile, Andrés Fielbaum, anunciou que os colégios voltarão a ser ocupados na próxima segunda-feira (1), “já que o governo mantém sua negativa em dialogar sobre os problemas da edução e optou por criminalizar o movimento estudantil”, afirmou.

Fonte: EBC