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"Os trabalhadores querem as reformas e o PCdoB apoia essa luta"

“A atual conjuntura deixa claro que é urgente a concretização das reformas estruturais, que, historicamente, são defendidas pelo PCdoB”, relatou Renato Rabelo, presidente nacional do Partido Comunista dos Brasil (PCdoB), ao falar sobre a conjuntura política nacional e a agenda de luta das centrais sindicais e movimentos sociais para o próximo dia 11 de julho.

Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo

Ao ser questionado, durante mais uma edição do programa Palavra do Presidente, sobre o dia de luta das centrais sindicais e dos movimentos sociais, que ocorrerá no próximo dia 11 de julho, Renato Rabelo reafirmou que esses movimentos têm uma direção: garantir que o Brasil siga mudando, que tenha uma nova arrancada. “Neste grande dia de luta, eles reivindicarão, mais uma vez, suas bandeiras e também cobrarão uma nova arrancada nesse processo que está em curso”.

Ao falar sobre reunião entre os partidos políticos e a presidenta Dilma Rousseff, no último dia 27 de junho, Renato Rabelo falou que “a presidenta concordou que há hoje uma crise urbana e ela precisa ser enfrentada, seja com medias imediatas e de médio prazo. Esse não é um problema de hoje, mas sim um problema acumulado e que cabe a nós enfrentarmos”.

O dirigente do PCdoB lembra que “a unidade de todos os segmentos – populares e progressistas – é muito importante para garantir o êxito na luta política em curso. E essa unidade deverá contribuir significativamente a luta pelas chamadas reformas estruturais, que o PCdoB defende. Essa é a nossa luta e estamos focados nela”.

Renato Rabelo falou sobre as bandeiras em torno das cidades e destacou que a humanização das cidades é uma questão de primeira ordem nessa luta.

“A questão das cidades é o grande caldo que engrossou as manifestações dos últimos dias. A mobilidade tão gritada é um ponto dentro da reforma urbana que as cidades precisam nestes tempos. E para resolver os problemas das cidades é preciso uma proposta integrada entre os governos. O PCdoB já diz isso há muito tempo, foi nossa bandeira de campanha já em 2008. Propúnhamos cidades mais humanas”, relatou o dirigente.

Segundo ele, essa é uma reforma dentre outras tão importantes. “Outra medida que é urgente e que ganha força a cada dia, é a luta pela reforma da mídia. Precisamos instar está questão junto à presidenta, não podemos mais ficar refém desse monopólio. Todos nós devemos e queremos falar”.

Movimento vivo e altivo

Na oportunidade, o dirigente rememorou o ato convocado pela União Nacional dos Estudantes (UNE), realizado no última dia 27 de junho, em Brasília, que reiterou a luta pelos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) e o cumprimento da meta – prevista no Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação no Congresso Nacional – dos 100% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para a educação.

Renato reforça: “nosso projeto não pode parar, temos ainda problemas graves para resolver e é esta base que pode contribuir para as soluções. Ainda precisamos realizar reformas estruturais importantes, que são os grandes desafios de nossa nação. E o PCdoB entende a educação com um vetor central nessa jornada”.

Sobre a série de manifestações que ocorrerão em todo o país, no próximo dia 11 de julho, convocada pelas centrais sindicais e que conta com o apoio dos movimentos sociais, Renato Rabelo destacou que será um dia de grande significado, especialmente, quando olhamos para a atual conjuntura política.

“São os movimentos sociais e o movimento sindical ocupando as ruas do Brasil para apresentar suas propostas de mais mudanças no país. O tom dado no dia será pelas reformas estruturais. Só isso já demonstra o quão central são essas bandeiras, que o PCdoB defende há muito em seu programa”.

Nesse dia de luta das centrais e dos movimentos sociais, serão levantadas bandeiras como a redução da Jornada de Trabalho para 40 horas semanais, fim do fator previdenciário, educação, saúde e transporte público de qualidade, auditoria nas grandes obras públicas, diminuição dos juros, democratização da mídia.

“Sabendo que os trabalhadores e trabalhadoras compõem de uma maneira geral a maioria da população deste país, não dá para pensar em projetos de desenvolvimento sem levar em consideração as demandas desse segmento. Desenvolver, com inclusão e distribuição de renda, significa não perder de vista o papel dos trabalhadores e trabalhadoras nessa jornada”, sinalizou Renato.

Ouça o programa na íntegra na Rádio Vermelho: