Ministra acerta campanha por mais mulheres na política

A Secretaria de Política para as Mulheres (SPM) e as Procuradorias da Mulher na Câmara e no Senado lançarão uma cartilha em todo o país para incentivar a maior participação das mulheres na política. O material será o pontapé inicial da campanha nacional que será realizada no segundo semestre com o apoio da presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia.

Ministra acerta campanha por mais mulheres na política - SPM

A parceria foi firmada nesta quarta (3), em Brasília, após reunião entre a ministra Eleonora Menicucci e as procuradoras da mulher na Câmara e no Senado, deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA) e a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), respectivamente.

No encontro, no gabinete da ministra, ficou acertado que a campanha vai envolver ações para a aprovação de alguns projetos que podem contribuir com o aumento da participação feminina no espaço de poder.

Um deles é de autoria da senadora Vanessa Grazziotin, que propõe um plebiscito para saber se a população concorda com a reserva da cota de 30% do número de cadeiras nas câmaras municipais, assembleias legislativas, Câmara dos Deputados, Câmara Distrital e no Senado. “Nós apresentamos o projeto de decreto legislativo para incluir essa pergunta caso seja decidido a realização do plebiscito sobre a reforma política”, disse a senadora.

Agrupando forças

A ministra Eleonora Menicucci afirmou que o aumento da participação da mulher na política é uma pauta estruturante na Secretaria e dará apoio ao projeto em tramitação. “A Secretaria tem a obrigação e vai entrar como protagonista. Eu tenho certeza que juntas nós estamos agrupando forças”, afirmou.

A deputada Elcione Barbalho afirmou que é fundamental o parlamento ouvir a opinião pública. “Tenho a certeza de que a rua quer isso, quer mulheres no poder, pela confiabilidade, pela nossa determinação”, disse.

O Brasil ainda ostenta um dos piores índices de participação feminina nos espaços da política. No ranking sobre a participação feminina no parlamento entre 190 nações, feito pela a União Interparlamentar (IPU), o Brasil ocupa a 158º posição. Na Câmara e no Senado apenas 9% das vagas são ocupadas por mulheres. Nas câmaras municipais e assembleias legislativas a média não chega a 15%.

Da Redação em Brasília