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"Mudanças no Brasil estão condicionadas às reformas estruturais"

Em mais uma edição do programa “Palavra do Presidente”, Renato Rabelo, presidente nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), avaliou a conjuntura e pontuou que “ela faz parte da luta política, que nesse momento se exacerba. Nossa posição é de reforço contra a ofensiva da oposição. Não podemos deixar a população ao sabor do que a mídia publica”.

Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo

Segundo Renato, atravessamos um momento em que o curso político é agudo. “Vivemos um momento em que a luta política é exacerbada, basta lembrar-se da forte campanha da oposição com o suposto apagão, em relação à Petrobras, sobre a inflação, entre outras. Todas essas encampadas pela chamada mídia conservadora.”

Para o dirigente comunista, com as manifestações, esse mesmo grupo procurou dirigir os descontentamentos contra a presidenta Dilma. “Deram o sentido político deles ao ritmo da disputa, ou seja, o responsável diretamente era a presidenta, em um esforço de construir uma conjuntura de ingovernabilidade.”

Saúde

Renato Rabelo frisou que iniciativas importantes estão em curso e destacou que a atual situação da saúde é fruto de decisões tomadas pelos que compõem a base da oposição. Ele se lembrou da postura assumida pela direita quando não aprovou, durante o governo Lula, a proposta que direcionava um percentual da CPMF para a saúde, o chamado imposto do cheque.

Renato destacou que se naquele momento essa proposta tivesse sido aprovada, hoje, a saúde estaria recebendo investimento na casa dos mais de R$ 200 bilhões. “Além do financiamento, o PCdoB observa outros problemas que ainda precisam ser vencidos nesse setor, mas com um financiamento maior a realidade seria outra. Problemas de estrutura e valorização também seriam superados”, externou.

Ele acrescentou: “O mesmo grupo que cortou direitos dos trabalhadores, desmontou o Estado, conviveu com taxas de desemprego enormes, é o mesmo que hoje se levanta para criticar quem em uma década conseguiu reverter essa realidade. Essa comparação a grande mídia não faz”, ponderou o dirigente comunista.

Educação

A questão da Educação, “será que foi esse grupo do atraso que propôs ampliação dos recursos para a Educação? Ou será que foi a presidenta Dilma quem recebeu o movimento estudantil e apoiou a luta pela ampliação?”, questionou Renato. Nessa mesma linha, o presidente do PCdoB falou sobre a luta pela democratização dos meios de comunicação e reafirmou: “Essa é uma luta vital para a democracia e o PCdoB está na linha de frente dessa luta”.

Reforma Política

Sobre a luta pela realização da Reforma Política e sobre a proposta de plebiscito colocada pela presidenta Dilma Rousseff, Renato Rabelo lembrou que a proposta é uma resposta aos últimos acontecimentos. E lembrou que a proposta de plebiscito tem o respaldo de cerca de 70% da população. E acrescentou que “os partidos que compõem o Fórum são contra o referendo. Não queremos prato pronto, queremos debate”, disse Renato Rabelo.

Na oportunidade, o dirigente indicou que Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e as Centrais Sindicais já declararam que apoiam o plebiscito e estão envolvidos, junto com os partidos, na construção de um Projeto de Iniciativa Popular para exigir que o plebiscito seja convocado.

“Com o grupo formado, o passo será discutir o conteúdo do plebiscito, que envolverá duas questões básicas: financiamento público de campanha e o sistema eleitoral. O objetivo é construir junto com essas entidades uma plataforma comum em torno desta luta”, afirmou Renato.

Ouça a íntegra da reflexão na Rádio Vermelho: