Candidata da direita chilena diz que fará campanha sem ideologia

 Depois da desistência de Pablo Longueira, a coalizão governista do Chile, conhecida como "Aliançs", estava arriscada a perder unidade na busca por um novo candidato presidencial. Com a escolha de Evelyn Matthei, ex-ministra do Trabalho, a união entre UDI (União Democrata Independente) e RN (Renovação Nacional) parece ter sido retomada.

Candidata oposição Chile

Em um de seus primeiros pronunciamentos como postulante à Presidência, ela declarou que pretende fazer uma campanha “pragmática, sem tanta ideologia".

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“Temos quatro meses, portanto, temos que começar a trabalhar desde já”, disse Matthei, logo que sua candidatura foi anunciada. “Minha convicção é que vamos construir essa campanha com muito pragmatismo, sem tanta ideologia”, acrescentou.

A ex-ministra do Trabalho foi designada para concorrer à presidência depois que Longueira, vencedor das primárias de junho e candidato escolhido pela Aliança, desistiu por estar com depressão.

Hoje, o ex-ministro da Defesa chileno Andrés Allamand evidenciou a unidade da coalizão governista ao se recusar a competir novamente, agora com Matthei. Ele, que foi o segundo colocado nas primárias, era cotado como favorito para concorrer ao cargo máximo no Chile depois da desistência de Longueira, mas foi preterido porque a direita considerou que ele havia saído desgastado da disputa.

Allamand, que pertence à RN, mesmo partido do presidente Sebástian Piñera, disse esta manhã que considera que o melhor a fazer no primeiro momento é propiciar a união da Aliança e por isso não deseja competir com a candidata da UDI.

“Quero reiterar hoje minha posição de sempre: não vou ser o candidato presidencial da RN”, declarou ele, antes de acrescentar que a “exclusão absoluta” de seu nome do cenário presidencial vai contribuir para que a UDI e a RN possam concordar em breve sobre “um mecanismo necessariamente amplo e democrático para designar um candidato comum”.

Ainda assim, os dois partidos farão nos próximos dias uma reunião para definir se há consenso em torno do nome de Matthei. Caso o cenário se confirme, o Chile terá duas mulheres concorrendo ao cargo de presidente na eleição de novembro. Até agora, a ex-presidente Michelle Bachelet é tida como a favorita em pesquisas de opinião, com mais de 60% das intenções de voto.


Fonte: Opera Mundi