Após duas semanas em greve, estudantes ocupam reitoria da UFMT

A reitoria da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) em Cuiabá está ocupada pacificamente desde a segunda-feira (5) por estudantes organizados pelo Diretório Central dos Estudantes 7 de novembro do Campus de Sinop, com apoio da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Estadual dos Estudantes (UEE-MT). Em greve há 2 semanas, os universitários afirmam que só vão sair quando a reitora Maria Lúcia Cavalli Neder se pronunciar.


Foto: UNE-divulgação

De acordo com o DCE a decisão da ocupação foi aprovada em Assembleia. Os estudantes decretaram greve e estão há quase 20 dias sem aula por melhores condições estruturais da universidade, e pela abertura de vagas docentes e de técnicos.

“Queremos um compromisso concreto da reitora Maria Lúcia Cavalli Neder, com documento assinado garantindo que haverão melhorias imediatas”, afirmou o presidente do DCE, Miller Gomes.

As principais pautas são: ampliação imediata da biblioteca e ampliação do acervo; construção de uma guarita; funcionamento imediato do Hospital Veterinário; unificação e estruturação da fazenda experimental; construção do laboratório de Informática; construção do Centro de Vivência; construção do complexo esportivo; equipagem dos laboratórios e matérias de aula prática; licitação da xerox; psicólogo e assistente social para o campus de UFMT- Sinop; aquisição de palco para eventos culturais; conclusão imediata das obras atrasadas (Bloco da Farmácia e bloco da Agrícola); não aumento da carga horária dos professores em sala de aula, que prejudicaria a pesquisa e a preparação das aulas.

De acordo com o presidente do DCE, o que os alunos estão pedindo é a mínima condição de estudo. Ele conta que em Sinop são apenas 4 computadores para cerca de 3 mil alunos, que a biblioteca comporta no máximo 100 pessoas e que a falta de segurança é crônica no campus onde já ocorreram tentativas de estupro e assalto à mão armada.

O presidente da UEE-MT, Rarikan Heven, disse que eles acreditam que foi importante o processo de expansão das universidades por meio do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) mas que agora a luta é pela garantia de qualidade no ensino. “Estamos apoiando as reivindicações, estamos acampados na reitoria até que sejamos atendidos”, ressaltou.

A reitoria está em viagem ao Japão. Já o vice-reitor da UFMT, João Carlos Maia, afirma que todas as pautas consideradas de curto prazo foram atendidas, entre elas a liberação para espaço de cantina, centro de vivência, RU, a internet e hospital veterinário. “Esse vai abrir em 60 dias”, afirma.

Segundo ele a reitoria não pode dar garantias sobre as pautas de médio e longo prazo como a construção da guarita e a ampliação da biblioteca. “Isso depende de liminar e liberação de verbas. Qualquer pessoa de bom senso sabe que é humanamente impossível conseguir verbas públicas da noite para o dia”.

Com Site da UNE e Andes