Coalizão de Kirchner leva vantagem nas primárias argentinas

A presidenta Cristina Kirchner e sua coalizão, Frente para Vitória (FPV), levam vantagem nas eleições primárias para o Legislativo da Argentina, realizadas neste domingo (11). Os números apontam para uma vitória governista em todo o país, apesar do kirchnerismo ter sido derrotado em redutos tradicionais – o maior revés foi na província de Buenos Aires, principal colégio eleitoral do país.

Coalisão de Kirchner leva vantagem nas primárias argentinas - Reuters

A soma de votos em todo o território argentino favorece os candidatos que apoiam a presidenta, que se encontra na metade de seu segundo e último mandato. Com 90,3% dos votos para deputados contabilizados, a apuração preliminar revela que o FPV obteve 26% dos votos, seguido pela frente opositora Frente Renovadora, com 8,24%. A Frente Progresista Cívico e Social obteve, no total, 7,59% dos votos.

Já na votação de pré-candidatos ao Senado, com 88,34% dos votos apurados, a FPV conseguiu 26,72% dos votos, seguida pela Frente Unen, com 11,86%, e pela Unión-Pro, com 11,67%. O melhor resultado oposicionista, na província de Buenos Aires, teve 81,7% dos votos apurados. Sergio Massa, da Frente Renovadora, teve 34,7% dos votos, enquanto o candidato kirchnerista Martin Insaurralde conseguiu 29,3%.

Leia também:

Neste domingo, Argentina definirá renovação da Câmara e do Senado
Oposição faz campanha agressiva contra Cristina Kirchner
Na ONU, Cristina Kirchner defende domínio argentino nas Malvinas


Além de principal centro econômico e político, Buenos Aires concentra 37,3% dos eleitores e tem 35 cadeiras de deputados. Cristina também perdeu em sua Província, Santa Cruz, governada há anos pelo kirchnerismo. A lista de oposição da União Cívica Radical foi declarada vencedora com 70% da apuração concluída. Os resultados prévios também apontaram derrota da coalizão governista em Córdoba, Mendoza e Santa Fé.

Nas primárias, com voto obrigatório, os argentinos decidem quais serão os candidatos ao Senado e à Câmara para as eleições de outubro. Os partidos que não alcançarem o mínimo de 1,5% de votos ficam impedidos de participar. A eleição de outubro será decisiva para os dois próximos anos de governo de Cristina Kirchner. Sem maioria na Câmara, a oposição pretende barrar as reformas progressistas adotadas nos últimos anos na Argentina.

Cerca de 30,5 milhões de argentinos estavam registrados para a votação nas primárias. Nelas são definidos os candidatos que poderão concorrer à próxima eleição legislativa, em 27 de outubro, quando serão renovados 24 assentos no Senado e 127 na Câmara de Deputados.

Da redação do Vermelho,
Com informações do Opera Mundi e do jornal La Razón