Bahia ocupa a 7ª posição em número de cooperativas no país

Com quase mil cooperativas, a Bahia concentra o maior número de organizações da Região Nordeste e ocupa o 7º lugar do Brasil. Esta é uma das conclusões do “Estudo sobre o perfil das cooperativas baianas”, produzido pelo Observatório do Trabalho da Bahia, fruto de uma parceria entre Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O trabalho, que utiliza como fonte estatística a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), para o período compreendido pelos anos 2006 e 20010, mostra a distribuição das cooperativas dentro do Estado; a especialidade e a atividade econômica de cada uma com foco na questão territorial e produtiva. Os dados de 2010 mostram que a Bahia tinha o registro de 997 cooperativas em funcionamento. 

Ainda segundo o estudo, o número de cooperativas no país vem crescendo desde o início da década. Para o Nordeste e para a Bahia, esta trajetória seguiu de maneira peculiar, com crescimento intensivo de 2000 até 2003, e com leve tendência de queda a partir de então. No Estado, o Território Metropolitano de Salvador está na liderança, com 297 cooperativas, seguido do Território Portal do Sertão (60) e do Território do Sisal (49).

Quanto às características setoriais das cooperativas baianas, o estudo revelou que a participação dos maiores territórios de identidade influenciam o resultado das maiores atividades. Destacam-se entre as atividades econômicas, as outras atividades de serviços; transportes, armazenagem e correio; agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura; comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, além do setor de saúde humana e serviços sociais que, se somadas, representam mais de 50% das unidades.

Perfil

Sobre o perfil do emprego formal gerado nas cooperativas, constatou-se que o volume de emprego nas cooperativas baianas, em relação ao total de emprego é menor na Bahia do que no Nordeste e no Brasil. Entretanto, foi na Bahia que o estoque de emprego nas cooperativas mais cresceu no período de análise.

O estudo mostrou também que não há registro de cooperativa com mais de 500 empregados. As duas maiores são do setor de saúde humana e serviços sociais, com 250 e 499 empregados respectivamente. Na Bahia e no Nordeste, predomina nas cooperativas o emprego feminino, enquanto no Brasil, o percentual de mulheres empregadas formalmente nas cooperativas era inferior a 50% no último ano avaliado.

Fonte: Setre