Nove candidatos disputam a presidência no Chile

Na noite desta segunda-feira (19), venceu o prazo de inscrição para os partidos e alianças políticas que pretendem concorrer aos comícios de 17 de novembro, no Chile. O cenário eleitoral do país está finalmente definido depois do registro de todos os candidatos presidenciais e aspirantes ao Congresso.

Michelle Bachelet

A partir desta terça-feira (20), os inscritos no Tribunal Eleitoral já podem sair às ruas em campanha.

A ex-presidenta e atual candidata da aliança opositora Nova Maioria, Michelle Bachelet, está inscrita de maneira automática depois de sua arrasadora vitória nas eleições primárias do passado 30 de junho, na qual conseguiu um respaldo de mais de 1,5 milhão de votos.

Michelle liderou com folga em relação a seus oponentes da Democracia Cristiana e do Partido Radical Social Democrata. Segundo as pesquisas de intenção de votos, ela é favorita para ganhar os comícios presidenciais e conta, inclusive, com o apoio de vários partidos para assumir a Casa da Moeda.

“Nós dissemos que gostaríamos de ganhar em primeiro turno e vamos trabalhar para isso. Não se trata de uma pessoa ou de outra, mas dos projetos de país que estão por trás das distintas candidaturas”, disse Michelle na véspera de um ato de campanha na comuna de Pudahuel.

No fim do ano, os chilenos irão eleger os 120 integrantes da Câmara dos Deputados, 20 senadores e vereadores para as 15 regiões do país.

Além de ex-presidenta, se inscreveram oito candidatos presidenciais, alguns deles a poucas horas do fim do prazo de oficialização das postulações. Concorrem também o líder do Partido Progressista (PRO) e o jornalista Marco Enríquez-Ominami – filho do fundador e secretário do Movimento de Esquerda Revolucionaria (MIR), o médico assassinado, Miguel Enríquez.

Neste domingo (18), a principal concorrente de Michelle, Evelyn Matthei, anunciou a carta da aliança de direita, a qual integram os partidos União Democrata Independente (UDI) e Renovação Nacional (RN).

Contra o relógio da direita

Ambos os partidos de direita foram surpreendidos com a renúncia de seu principal candidato, Pablo Longueira, em julho passado, que alegou um severo quadro de depressão. Ele foi ministro da Economia e discípulo do ditador Augusto Pinochet, além de ser um dos ideólogos da UDI. O direitista chegou a ganhar as primárias, nas filas oficialistas de 30 de junho.

Projetos distintos para o país

A ex-presidenta Michelle, de 63 anos, defende a educação pública e gratuita, por meio de uma reforma tributária que permita rescaldar 8,2 milhões de dólares para reformar o ensino do país. Ela luta também por uma Assembleia Constituinte que permita extinguir a atual Carta Magna – herança da ditadura.

Matthei, de 59 anos, apelidada de "Dama de Ferro" nos setores políticos, disse que basearia seu mandato em quatro pilares: educação, saúde, luta contra a delinquência e desenvolvimento regional.

Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina