Coreias negociam reencontro de familiares separados na guerra

Os governos da República Popular Democrática da Coreia (RPDC, do norte) e da República da Coreia (do sul) retomaram o diálogo, nesta sexta-feira (23), em busca de um acordo para promover reuniões entre as famílias separadas durante a guerra que dividiu os dois países (1950-1953).

Arco da Reunificação - RPDC

As conversas em busca de um acordo foram interrompidas em 2010, quando houve um agravamento das tensões entre os dois governos. Os dois países ainda mantêm relação tensa, sobretudo devido à presença militar dos Estados Unidos na Península da Coreia, desde a Guerra da Coreia, finda em 1953, em que tiveram papel preponderante.

A reunião começou na fronteiriça "Aldeia da Trégua", Panmunjom, com o objetivo de desbloquear o assunto e promover um novo encontro entre famílias em 19 de setembro, quando ocorre a festa da colheita ("Chuseok", em coreano), uma das celebrações mais importantes da península.

"A questão das famílias separadas pela guerra é um dos temas mais urgentes agora. Vou fazer todo o possível para aliviar a sua dor por meio do diálogo", disse Lee Duck-hang, líder da equipe de negociações da Coreia do Sul.

Autoridades do país dizem que a reunião é fundamental para aproximadamente 73 mil sul-coreanos que pediram o encontro, pois 80% deles têm mais de 70 anos.

A RPDC também tem pedido as negociações diretas entre os dois países, sem interferência dos EUA, que acusa de manter a situação tensa na península e impedir a reaproximação entre as duas coreias, que têm, inclusive, departamentos dedicados ao assunto da reunificação.

Em 2000, uma declaração conjunta dos dois países deu início a negociações neste sentido, e também envolveu o encontro de familiares separados desde a guerra de 1953, tanto na capital do norte, Pyongyang, quanto na do sul, em Seul.

Com agências,
Da redação do Vermelho