Obama bombardeará a Síria, prevê analista estadunidense

O presidente Barack Obama ordenará um ataque com bombas ou mísseis contra objetivos no território da Síria, previu em Washington um renomado analista político estadunidense.

Segundo Aaron David Miller, que foi conselheiro sobre o Oriente Médio de seis Secretários de Estado, o presidente democrata utilizará a ação bélica para reanimar seu popularidade, que continua em queda perante a opinião pública nacional.

Outro elemento que a Casa Branca quer transmitir na ação é uma advertência velada para que o Irã calcule o que pode ocorrer se as negociações sobre o tema nuclear fracassarem, preconizou nesta segunda-feira (26) Miller, catedrático do influente instituto tanque pensante Woodrow Wilson International.

Durante o último semestre muitas vozes conservadoras penduraram em Obama o estigma de "Avoider-in-Chief" (Evitador de problemas-em-Chefe ) com relação ao tema da Síria, e agora o presidente observa uma oportunidade de mudar o cenário, apontou.

Os passos atuais do Pentágono – comentou o analista- servem mais para avaliar que tipo de ação será realizada contra Damasco e não para confirmar se é verdadeiro que o presidente Bashar al-Assad aprovou a utilização de armas químicas.

"Obama vai atuar militarmente contra a Síria (…) e as operações podem incluir o lançamento de mísseis contra unidades que supostamente usaram armas químicas ou contra infraestruturas militares escolhidas por Washington", previu o ex-assessor governamental.

Se o presidente explicar adequadamente seus argumentos, então terá respaldo da opinião pública nacional e do Congresso (que retorna de férias em 9 de setembro), disse Miller, citado pelo meio digital Politico.com.

A revista Time e o jornal The Slatest também apostam que Obama bombardeará a Síria de maneira unilateral e inclusive alguns analistas afirmam que o fará sem esperar as conclusões dos peritos das Nações Unidas.

Movimentos dentro do Departamento de Defesa e outras indicações militares indicam que se prepara alguma ação contundente contra a Síria. Os próximos dias são críticos nesse sentido, dimensionou o analista militar Bret Baier da emissora Fox News.

O presidente Bashar al-Assad disse que são um "insulto ao bom senso" as acusações sobre o uso de armas químicas contra civis, e advertiu nessa segunda-feira que Damasco nunca será um fantoche do Ocidente.

Também foi divulgado que os Estados Unidos aprovaram, há 25 anos, que Saddam Hussein empregasse esse tipo de armamento proibido na guerra do Iraque contra o Irã entre os anos 1980 e 1988, segundo confirmam arquivos desclassificados da CIA.

Fonte: Prensa Latina