Ban Ki-moon reforça sua posição contra ação militar na Síria

Secretário-Geral da ONU diz apreciar que presidente Barack Obama irá ouvir opinião do Congresso americano antes de tomar uma decisão; Ban destaca que missão "trabalha contra o relógio" na investigação sobre uso de armas químicas.

O Secretário-Geral da ONU afirmou nesta terça-feira (3) que a missão que investiga um possível uso de armas químicas na Síria está "trabalhando contra o relógio".

As amostras biomédicas e ambientais do ataque ocorrido em 21 de agosto já foram encaminhadas e devem chegar aos laboratórios na Europa nesta quarta-feira (4) para análise.

Imparcialidade

Ban Ki-moon lembrou que a investigação das Nações Unidas tem a meta de estabelecer os fatos de "maneira independente, objetiva e imparcial." Segundo ele, a equipe está fazendo o possível para acelerar o processo e obter os resultados, sem que análise científica fique comprometida.

Em Nova York, Ban Ki-moon reforçou que, caso seja confirmado, o uso de armas químicas é uma séria violação da lei internacional e um "crime de guerra chocante."

Estados Unidos

O Secretário-Geral novamente defendeu que se evite uma militarização do conflito e que seja revitalizada a busca por um acordo político. Ban diz "apreciar o esforço do presidente americano Barack Obama" de basear qualquer ação futura levando em conta a opinião do Congresso dos Estados Unidos.

O chefe da ONU lembrou que o uso da força em um país só é legítimo se for autorizado pelo Conselho de Segurança ou quando estiver de acordo com o artigo 51 da Carta das Nações Unidas.

Encontro do G-20

Ban Ki-moon confirmou ainda que a sua representante para o Desarmamento, Angela Kane, tem nesta tarde uma reunião com outros membros da organização.

O Secretário-Geral segue para São Petersburgo, na Rússia, para participar do encontro dos líderes do G-20. Ban disse que apesar do foco do encontro ser a economia global, ele irá aproveitar a oportunidade para discutir a situação na Síria.

Fonte: Rádio das Nações Unidas