Obama reitera ação militar na Síria e diz que já tem um plano

Em declaração dada à imprensa na Casa Branca nesta terça-feira (3), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, voltou a defender uma ação militar contra Bashar al-Assad e disse ter um plano de apoio aos opositores do governo sírio. O líder norte-americano também reiterou que seria uma “operação limitada”, sem envolver soldados em solo.

Em reunião com os líderes do Congresso, o mandatário disse que o plano de intervenção armada já existe e não envolve o envio de tropas, diferente de ações que foram realizadas no Iraque e no Afeganistão. "É algo proporcional que fará com que as capacidades de Assad diminuam", disse Obama.

Obama quer obter a aprovação do Legislativo para iniciar o ataque e tem confiança de que os parlamentares norte-americanos o apoiarão. Numa demonstração de que chefia um país imperialista provocador fez ameaças a outros países. "Esse ataque é uma mensagem clara não só a Assad, mas também a outros países que estão testando as normas internacionais", sentenciou o presidente.

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No entanto, segundo publicação do jornal The Washington Post, no Congresso, formado majoritariamente por republicanos, de um total de 435 membros, apenas 16 legisladores expressaram apoio aberto aos planos de Obama, até o momento.

Junto com a destruição de instalações importantes para Damasco, Obama quer o fortalecimento da oposição para levar a uma transição que, segundo ele, “trará a paz à Síria e a outros países da região afetados pelo conflito”, iniciado há dois anos e meio.

Depois da reunião, o mandatário declarou que a Síria constitui “uma ameaça direta à segurança nacional dos Estados Unidos”.

Exercícios militares

Mesmo sem a aprovação do Congresso, em meio ao agravamento da crise na Síria, israelenses e norte-americanos fizeram testes nesta terça-feira (3) com o lançamento de mísseis no Mar Mediterrâneo, segundo militares da Rússia. O objetivo do exercício militar foi testar o míssil Ankor, que é um sistema do tipo radar.

Ofensiva internacional

Como parte de sua ofensiva internacional, o presidente dos EUA conversou por telefone com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, que manifestou seu apoio à campanha contra a Síria e ofereceu colaboração a Washington para cumprir seus objetivos.

Por sua vez, na França, políticos de diversas tendências exigiram nesta terça-feira que o governo submeta ao Parlamento qualquer decisão sobre a participação do Exército francês na agressão contra o país árabe, assim como foi feito no Reino Unido.

Da Redação do Vermelho,
Com informações do Portal Terra e da Prensa Latina