Cresce nos EUA oposição à intervenção militar na Síria

Religiosos, congressistas e outros setores nos Estados Unidos se opõem a uma saída militar ao conflito na Síria e defendem uma solução política.

A Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB, na sigla em inglês) se somou a essa reivindicação, em consonância com um apelo lançado pelo papa Francisco aos países membros do G-20.

O cardeal arcebispo de Nova York, Timothy Dolan, presidente da USCCB, e o bispo de Iowa, Richard E. Pates, presidente do comitê sobre assuntos de paz e justiça internacional, conclamaram nesta quinta-feira (5) o Congresso estadunidense a trabalhar para pôr fim à violência na Síria mediante uma solução política.

Igualmente, instaram o foro parlamentar a reconhecer que a situação que vive o povo sírio só se resolverá mediante um acordo político negociado.

Os bispos pediram à Casa Branca que trabalhe com a comunidade a internacional pelo diálogo e a negociação e condenaram o suposto uso de gases químicos na Síria.

"Nosso enfoque está na catástrofe humanitária que está ocorrendo na Síria e em salvar vidas mediante o fim do conflito, não o alimentando", sublinharam os religiosos em sua carta ao Congresso.

Por outro lado, a bancada de negros solicitou que seus membros mantenham silêncio sobre a Síria até que os legisladores recebam mais informação sobre o plano do presidente Barack Obama de atacar com mísseis a nação já devastada pela guerra.

Congressistas liberais, entre eles James Clyburn e John Conyers, consideraram que os problemas da guerra e da paz exigem cuidado. "Realmente não acho que a segurança dos Estados Unidos esteja ameaçada em absoluto", declarou o democrata Charles Rangel, ao expressar sua oposição à guerra.

Por seu turno, Lawrence Wilkerson, que foi chefe de pessoal de Colin Powell, secretário de Estado na administração de George W. Bush nos dias que antecederam e durante a guerra do Iraque, declarou que o conflito na Síria não afeta os interesses nacionais dos Estados Unidos.

Prensa Latina