Rússia desmente que cancelou reunião do Conselho de Segurança

A Chancelaria russa desmentiu nesta quarta-feira (11) que o adiamento de uma reunião urgente do Conselho de Segurança sobre a Síria tenha sido por sua iniciativa, em meio a manobras da França, Estados Unidos e Reino Unido para impor outra resolução condenatória.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Alexander Lukachevitch, esclareceu em um comunicado que as informações difundidas por alguns meios de comunicação ocidentais não correspondem à realidade.

Disse Lukachevitch que a iniciativa da reunião de emergência partiu da Rússia, mas a decisão de suspender o debate ontem sobre a questão síria foi adotada a pedidos dos membros do Conselho.

A pasta diplomática prestou atenção às informações, nas que se cita à rede britânica BBC, segundo explicou o porta-voz oficial em uma breve nota.

Durante o plenário da Duma (Câmara baixa), dedicado nesta quarta-feira à Síria, o titular do comitê de Relações Internacionais, Alexéi Puchkov, comunicou aos deputados que a Rússia entregou ao Conselho de Segurança da ONU evidências que provam o uso sistemático de armas químicas por grupos armados de opositores sírios.

Puchkov assegurou que os mercenários possuem armas químicas e as empregaram várias vezes.

O também analista político alertou durante o debate sobre uma resolução de apoio à Síria que existe o perigo de mais provocações para dinamitar a concretização da iniciativa russa para um controle internacional dos arsenais químicos desse país.

Lembrou que inclusive circulou a informação de que os bandos armados planejavam golpear Israel para incriminar o governo de Damasco diante da comunidade internacional, e apressar uma intervenção externa no conflito.

Opinou que a situação pode inclusive se agravar, e ser criado o terreno para o plano militar estadunidense, justo como contrapeso à proposta de paz da Rússia, a qual poderia ser a saída real da crise, destacou o legislador.

O chanceler Serguei Lavrov anunciou na segunda-feira (9) a proposta de submeter os arsenais químicos existentes na Síria a uma supervisão internacional, e que a nação árabe avançou para a destruição desse tipo de armamento proibido, com a adesão à Convenção para sua eliminação total.

A Duma russa analisou uma série de sugestões aos dirigentes do país caso os Estados Unidos e seus satélites ocidentais materializem uma operação militar contra a Síria.

Com informações da Prensa Latina