Empresário anuncia fim de banda de pagodeiros acusados de estupro

Em meio à polêmica envolvendo a prisão de nove integrantes da banda New Hit acusados de estupro, o empresário Jorge Sacramento, responsável pela marca, anunciou nesta quarta-feira o fim do grupo musical. De acordo com o empresário, a extinção servirá para que ele possa “dedicar-se exclusivamente a outros projetos de sua produtora”.

Na nota que anunciou o fim da New Hit, o empresário, porém, não descarta um retorno da banda no futuro, com uma outra formação.

“Quero me dedicar exclusivamente a um novo produto, e com tantos problemas agregados a banda não estava conseguindo focar as coisas, e como não sei trabalhar nada pela metade para evitar interpretações erradas resolvi um ponto final ao projeto, quem sabe um dia eu retomo com outra formação!”, afirma o empresário na nota.

O caso

Os músicos são acusados de terem estuprado duas adolescentes de 16 anos em um trio elétrico na cidade de Ruy Barbosa em agosto de 2012. De acordo com o delegado Marcelo Cavalcanti, responsável pelas investigações, por meio do laudo fornecido pelo Departamento de Polícia Técnica, de Feira de Santana, foi possível obter provas materiais do crime, como a quantidade de sêmen encontrada nas roupas das meninas e dos músicos.

As duas meninas disseram que entraram no trio elétrico da New Hit para tirar fotos com os artistas no dia 26 de agosto e teriam sido levadas ao banheiro do veículo, onde afirmam terem sido violentadas pelos integrantes do conjunto, com a conivência do policial que fazia a segurança da New Hit. Em seguida, as jovens foram à delegacia prestar queixa, e a polícia foi até o trio elétrico deter os suspeitos. Os músicos foram detidos, preventivamente, na delegacia de Ruy Barbosa e, depois, transferidos para o Presídio Regional de Feira de Santana.

Os nove integrantes da banda e o PM são acusados dos crimes de estupro e formação coletivo. Em outubro, os músicos foram soltos do presídio de Feira de Santana após 38 dias de detenção, beneficiados por um habeas-corpus. O PM, que estava preso na Coordenadoria de Custódia Provisória (CCP) da Polícia Militar, também foi liberado. No mesmo mês, foi aceita a denúncia contra os 10 réus, que respondem ao processo em liberdade.

Fonte: Jornal do Brasil