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Campanha 'Mulher, tome partido' incentiva a filiação de mulheres a partidos

A campanha "Mulher, tome partido. Filie-se" foi organizada pela bancada feminina e pelas procuradorias especiais da Mulher da Câmara e do Senado, e conta com o apoio da Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres, ONU Mulheres e da Secretaria de Políticas para as Mulheres, da Presidência da República, além do Fórum de Instâncias de Mulheres dos Partidos Políticos.

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 A coordenadora da bancada feminina, Jô Moraes (MG) lamenta que, apesar de as mulheres atingirem 51% dos eleitores do país, elas representam apenas 8% dos deputados federais. “A Câmara dos Deputados está estagnada. Elegemos, em 2002, 42 mulheres; em 2006, 46; em 2010, 45. Queremos ampliar a incorporação das mulheres na política”.

A meta da campanha é aumentar em 20% o número de mulheres filiadas e em 30% a representação feminina na Câmara e no Senado. A deputada Jô lembra que os partidos políticos colocam as mulheres como “laranjas” para atingir a cota. De acordo com a lei 9.504/97, que estabelece normas para as eleições, cada partido político ou coligação preencherá o mínimo de 30% e, o máximo, de 70% para candidaturas de cada sexo.

As mulheres parlamentares do PCdoB – que tem a maior bancada feminina, proporcionalmente – estiveram em peso na Campanha. Na Câmara dos Deputados, o partido conta com seis mulheres de um total de 14 (sendo um licenciado) deputados federais, ou 42%, bem acima dos apenas 8,7% que se observa na proporção geral de mulheres na Casa. No Senado, onde a presença de mulheres é inferior a 13% do total de senadores, a bancada de dois comunistas é paritária.

Atualmente, o Congresso possui 46 deputadas e oito senadoras. Juntas, representam apenas 9% do universo de congressistas (594).

A deputada Alice Portugal (BA) chamou a campanha de “cruzadas” e justificou: “essa cruzadas das mulheres tem uma razão de ser: é a de colocar a mulher brasileira no protagonismo. Somos a maior parte dos eleitores, a maior parte da população e a minoria política”.

Perpétua Almeida (AC) ressaltou que, para uma democracia no Congresso Nacional, é preciso também uma participação efetiva das mulheres. “Não temos uma única mulher na mesa desta Casa”, lembra a deputada que exigiu uma participação paritária.

O deputado Delegado Protógenes (SP) complementou: “É preciso que o processo democrático brasileiro encare a participação política das mulheres como uma necessidade para o equilíbrio da democracia no Brasil”.

Para a deputada Luciana Santos (PE), a campanha em nível nacional, nas TVs e nas rádios, elevará o nível de consciência política. “É preciso esforço dos partidos para que até 4 de outubro a gente consiga atingir a meta que estabelecemos de filiação e debater a importância da participação feminina na tomadas de decisão desse país e, para isso, é preciso ter mais força, mais poder político e empoderamento. É esse o esforço que estamos fazendo”, argumentou Luciana Santos.

Jandira Feghali, há 20 anos atuando como parlamentar, reforça a campanha: “A mulher brasileira é uma guerreira de muitas bandeiras e conta com nosso esforço contínuo na Câmara dos Deputados. Para que possamos avançar com garra, sensibilidade e sabedoria, queremos mais mulheres na política, para mais direitos conquistados, por um Brasil mais igual e justo”, exemplificou.

A campanha acontece em duas etapas. A primeira fase terá inserções publicitárias de abrangência nacional em rádio e televisão. Depois do prazo de filiação, a campanha continua até 30 de junho do ano que vem por meio de ações direcionadas a dirigentes partidários para que as mulheres filiadas realmente registrem candidatura.

Fonte: Site da Liderança do PCdoB na Câmara