Benefícios e proteção da migração mundial são debatidos na ONU
Tem início nesta quinta-feira (3) um diálogo de dois dias entre dezenas de ministros e centenas de representantes da sociedade civil de 150 países, sobre Migração Internacional e Desenvolvimento, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Entre os temas debatidos estão os benefícios da migração internacional para o desenvolvimento e a redução de seus custos econômicos e sociais.
Publicado 03/10/2013 10:07
O número global de migrantes aumentou de 175 milhões, em 2000, para 232 milhões, em 2013, de acordo com estatísticas divulgadas pela Divisão de População do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas, em setembro.
Um novo relatório do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que será discutido no diálogo em Nova York, identifica oito pontos de ação para os Estados-Membros, incluindo a proteção dos direitos de migrantes por meio da implementação de convenções pertinentes e a criação de mais oportunidades para a migração regularizada.
O relatório sugere que os Estados-Membros tomem medidas para reduzir os custos da migração, como os de transferência de remessas e taxas pagas para os empregadores, especialmente por trabalhadores pouco qualificados, e que protejam e ajudem os migrantes retidos em crises humanitárias, como no conflito na Síria; que sensibilizem o público para as contribuições que os migrantes fazem para os países de destino; que eliminem a exploração e o tráfico de seres humanos; e que integrem a migração na agenda de desenvolvimento pós-2015.
Ban também solicita que sejam realizadas melhorias na coleta de dados relacionados à migração, já que, como informa o relatório, quatro de cada dez países africanos carecem de dados básicos sobre o assunto.
“De um ponto de vista global, a migração deve ser reconhecida como uma força positiva para o desenvolvimento. Migrantes trazem uma nova energia e ideias para os lugares aonde chegam, contribuindo diretamente para o crescimento econômico. Os migrantes também podem aliviar a pressão causada pelo subemprego nos países de origem e apoiar as economias por meio da transferência de conhecimentos e ideias”, afirmou o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Econômicos e Sociais, Wu Hongbo.
Fonte: ONU